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Soja: mercado fecha 2ª com quedas em Chicago

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Em mais uma sessão marcada pela volatilidade, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram a segunda-feira com ligeiras perdas. Ao longo do dia, as principais posições da commodity reduziram os ganhos e encerraram o pregão com quedas entre 1,75 e 2,50 pontos. O novembro/17 era cotado a US$ 9,72 por bushel e o janeiro/18 a US$ 9,84 por bushel.

“Os futuros da soja dos EUA diminuíram nesta segunda-feira diante das previsões de chuvas em algumas áreas de cultivo do grão no Brasil e com a venda técnica e o posicionamento comum registrado no final de mês”, destacou a Reuters internacional.

De acordo com informações do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a semana começou com chuvas intensas e possibilidade de tempestades em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Com isso, a expectativa é que os trabalhos nos campos ganhem ritmo.

“A perspectiva é que as chuvas continuem nos próximos 10 dias, o que provavelmente deverá aumentar a germinação e o crescimento da soja”, reportou a Reuters.

Até o momento, a projeção é que tenha sido cultivada 29,8% da área prevista nesta temporada, conforme levantamento das consultorias privadas. No mesmo período do ano anterior, o número estava em 38,4%. A média dos últimos cinco anos é de 32,2%.

Além disso, a finalização da colheita nos Estados Unidos também permanece no radar dos participantes do mercado. “Com a quase conclusão da colheita, diminui a pressão da oferta, típica do período de entrada da safra”, destacou a Granoeste Corretora de Cereais.

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualiza ainda no final da tarde desta segunda-feira as informações sobre a safra norte-americana. Até a semana passada, a colheita estava completa em 70% da área plantada. A expectativa é que o número tenha avançado para 85%.

É consenso entre os especialistas que a demanda pela soja norte-americana segue forte e dá suporte aos preços. Na semana encerrada no dia 26 de outubro, os embarques de soja somaram 2.505,9 milhões de toneladas.

Apesar do volume, o número ficou dentro das apostas dos investidores, entre 2,45 milhões a 2,53 milhões de toneladas do grão.

No acumulado da temporada, os embarques de soja somam 12.341,8 milhões de toneladas. Em igual período do ano passado, o número era de 13.640,7 milhões de toneladas.

As cotações da soja praticadas no mercado doméstico registraram ligeiras movimentações nesta segunda-feira. Em Rio Verde (GO), a saca caiu 1,72% e fechou o dia a R$ 57. Na região de Pato Branco (PR), a queda foi de 0,78%, com a saca a R$ 63,40. Já em Ubiratã (PR), a perda ficou em 0,80% e a saca a R$ 62. Nos portos, o dia foi de estabilidade nos preços da oleaginosa.

A queda registrada em Chicago acabou sendo compensada pela forte alta do dólar. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana encerrou o pregão a R$ 3,2819 na venda, com alta de 1,17%. O câmbio tem sido influenciado pela escolha do novo chair do Federal Reserve, banco central americano e também pela cena política no Brasil.

Inclusive, na última semana a alta cambial contribuiu para o avanço das negociações com a safra nova no Brasil. A projeção, dos analistas, é que a comercialização tenha avançado para 20% da produção.

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