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Soja em Chicago fecha o dia com estabilidade mesmo esperando área e estoques maiores nos EUA  

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O mercado internacional da soja trabalhou com estabilidade durante toda a sessão desta quarta-feira na Bolsa de Chicago e encerrou os negócios com pequenas baixas entre as principais posições. Apesar de registrarem oscilações tímidas, os contratos testaram os dois lados da tabela durante todo o dia.

Com isso, o vencimento maio/18 fechou com US$ 10,18 por bushel, caindo 1,50 ponto, enquanto os demais também cederam entre 1,50 e 2,75 pontos. O agosto/18 fechou em US$ 10,30.

Os traders seguem esperando por uma direção para os negócios com a chegada dos novos relatórios que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira. Há quem acredite, no entanto, que o efeito das informações possa ser passageiro.

“Os estoques amanhã poderão ser mais um fator do que exercer impacto de números concretos. Os números atualizados em junho podem causar um impacto vem maior no mercado”, diz o analista de mercado Karl

Setzer da MaxYield Cooperative em entrevista à Reuters Internacional.

As expectativas do mercado para os estoques da oleaginosa têm média de 55,57 milhões de toneladas, e trabalham em um intervalo de 50,89 a 57,42 milhões de toneladas. Em 1º de março de 2017, os números eram de 47,33 milhões de toneladas e, em 1º de dezembro de 2017 ficaram em 85,92 milhões de toneladas.

Por outro lado, como explicou o analista de mercado da Agrinvest Commodities, os dados de intenção de plantio que o USDA traz nesta quinta podem mexer com o andamento das cotações na CBOT. Historicamente, como explica o executivo, o dia da divulgação do relatório costuma ser um dia de movimentação intensa e volatilidade entre as cotações na Bolsa de Chicago, que podem se estender pelas próximas sessões.

A média esperada entre os analistas para a área de soja é de 36,79 milhões de hectares, em um intervalo de 36,38 a 37,27 milhões. Da mesma forma, a média esperada para o milho é de 36,14 milhões de hectares, com as projeções variando de 35,77 a 36,83 milhões de hectares.

Até a chegada dos novos dados, o mercado ajusta suas posiões, mas não deixa de acompanhar a conclusão da safra da América do Sul, com os números do Brasil voltando a chamar a atenção no cenário internacional. A consultoria Agroconsult trouxe sua nova projeção para a colheita nacional com o número de 118,9 milhóes de toneladas.

A guerra comercial entre China e Estados Unidos também mantém seu espaço nos radares dos traders, mesmo sem que a soja seja um alvo claro no meio da disputa. De acordo com informações de publicação internacional Global Times, “a China irá em breve anunciar uma lista de tarifas retaliatórias sobre exportações dos Estados Unidos para a China para rebater uma esperada divulgação dos EUA de novas tarifas sobre as importações chinesas”.

Preços no Brasil

A quarta-feira (28) foi de ligeiras movimentações aos preços da soja praticados no mercado brasileiro. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço subiu 1,64% em Campo Novo do Parecis (MT) e a saca fechou o dia a R$ 62.

Ainda em Mato Grosso, na praça de Tangará da Serra, o ganho ficou em 1,61%, com a saca a R$ 63. No oeste da Bahia, a valorização foi de 1,15%, com a saca da soja a R$ 65,75. E em Cascavel (PR), o ganho ficou em 0,72% e a saca a R$ 70.

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