Terminou ontem a 4ª edição da Operação Abafa para fiscalizar e autuar os crimes de desmatamentos e degradação florestal, queimadas não autorizadas e incêndios florestais. De acordo com o tenente-coronel Dércio Santos da Silva, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais, mais de R$ 33 milhões em multas foram aplicadas para proprietários de fazendas onde foi encontrado algum tipo de irregularidade. Mais de 30 mil hectares foram fiscalizados. Nova Ubiratã e Feliz Natal (130 km de Sinop) são os locais onde mais houve irregularidades.
“A Sema (secretaria Estadual de Meio Ambiente) integrada com a Perícia Oficial e identificação Técnica (Politec) e Bombeiro Militar trabalhou nos nove dias de operação no intuito de visualizar e localizar as áreas degradadas. Constatamos as queimadas e desmatamento vamos poder responsabilizar os devidos culpados”, explicou o analista da secretaria Estadual de Meio Ambiente, Thiago Henrique Bidóia.
“Nesta edição tivemos um número maior de peritos, que melhora mais ainda a integração e qualificação da prova pericial. O que nós temos que fazer é relacionar a dinâmica do processo de degradação, tanto do fogo quanto do desmatamento, dimensionar a área e o dano. Em cima disso, a promotoria terá a possibilidade de fazer uma acusação com maior qualidade e aí sim poder provocar uma decisão judicial”, disse o perito criminal Clodoaldo Carvalho de Queiroz.
Uma aeronave Air Tractor 802F com capacidade de 3.100 litros de água deu apoio durante a operação, que também contou com apoio do caminhão do Centro Integrado, Comando e Controle Móvel para ajudar na fiscalização. A operação foi lançada em Sorriso onde, ontem, também foi apresentado balanço.
O governo estadual publicou no Diário Oficial a prorrogação do período de restrição do uso de fogo para limpeza e manejo de áreas até o dia 1º do próximo mês. O período proibitivo começou no dia 15 de julho e terminaria dia15. As penalidades para quem desrespeitar a norma são multas que variam de R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare e possível embargo da área. A determinação visa coibir os incêndios que, nesta época do ano, acarretam em danos para biodiversidade, clima, agricultura e à saúde.
(Atualizada às 08:58h)