Mato Grosso intensificou os negócios internacionais e ao final de setembro registrou crescimento nas exportações e importações. Como as vendas externas de produtos mato-grossenses superam as aquisições de insumos fornecidos por outros países, a balança comercial do Estado se mantém superavitária em 2017, com saldo de US$ 10,509 bilhões até setembro. Comparado com o mesmo período do ano passado, o resultado é 4,36% superior.
Os embarques de produtos fornecidos por Mato Grosso para suprir a demanda mundial movimentaram US$ 11,674 bilhões entre janeiro a setembro deste ano, resultado da venda de 32,220 milhões de toneladas de grãos e derivados, além de carnes, couro, madeira, entre outros produtos. No mesmo período de 2016 foram negociadas 32,313 milhões de toneladas pelo valor total de US$ 11,029 bilhões.
Os dados estatísticos fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) apontam que a receita comercial obtida com as vendas externas de produtos mato-grossenses cresceu 5,72% em 2017, ante o último ano. As importações realizadas por Mato Grosso também aumentaram em 2017. Durante os 9 primeiros meses deste ano foram adquiridas 4,303 milhões de toneladas de produtos de outros países pelo montante total de US$ 1,165 bilhão.
A cifra corresponde a um acréscimo de 19,69% sobre os US$ 973,473 milhões consumidos em importações no ano passado, até setembro. Insumos agrícolas, especialmente fertilizantes, lideram as importações em Mato Grosso, lembra o economista Vítor Galesso. Segundo ele, a estabilidade na cotação do dólar facilita para os produtores o planejamento dos investimentos na safra agrícola. “Para as exportações, seria melhor o dólar um pouco mais elevado, mas o câmbio estável é mais importante”, considera.
Atualmente a moeda americana está cotada a R$ 3,13. Participação Mato Grosso garantiu 20% do superávit da balança comercial brasileira em 2017, que atingiu US$ 53,3 bilhões, acumulados ao final do último mês. A estimativa é encerrar o ano com superávit de US$ 60 bilhões, segundo o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto. “Temos um superávit com crescimento tanto das exportações quanto das importações. Pelas exportações, verificamos crescimento não só do valor, mas também das quantidades exportadas, em todas as categorias de produtos, além de aumento no número de empresas exportadoras”.
De acordo com o Ministério, o superávit deste ano é o maior desde 1989, início da série histórica. O saldo é recorde tanto para os primeiros noves 9 meses do ano quanto para os anos fechados. O maior superávit anterior para o período havia sido registrado em 2016.