O estreitamento do comércio de soja entre a União Europeia (UE) e o Estados Unidos da América (EUA) pode representar dificuldades para o Brasil, a curto prazo. A previsão foi divulgada, há poucos dias, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo o relatório, em julho deste ano, a UE se comprometeu a importar um maior volume de determinados produtos oriundos dos Estados Unidos dentre eles, a soja. “De lá para cá, pode-se observar que as importações da oleaginosa vêm crescendo semana após semana, chegando a fechar a safra 2017/18 com um aumento de 21,01% em relação à anterior”.
O Imea aponta, no entanto, que é nesta safra (2018/19) que o volume comercializado entre os dois países tem sobressaído, “saltando 229,82% no comparativo com o mesmo período do ano passado, com um acumulado de 2,96 milhões de toneladas até o momento”. O total supera todas as safras desde 2015.
“Para o Brasil, apesar de o bloco representar uma parcela menos significativa das exportações, esse estreitamento, além de se refletir na redução direta dos embarques brasileiros para o bloco, como se pôde observar nos últimos meses, pode representar uma ‘barreira’ para acesso ao mercado no curto prazo, caso ocorra a reaproximação entre os EUA e a China”, dizem os analistas do instituto.
Mato Grosso também é um dos principais vendedores de soja para a Europa.