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Secretário rebate vice-prefeito e nega interferência política em operações; prefeito segue afastado

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Só Notícias/Gazeta Digital (foto: Só Notícias/Guilherme Araújo)

O secretário de Segurança de Mato Grosso, Alexandre Bustamante, rebateu o prefeito em exercício, José Roberto Stopa (PV) e afirmou que não existe interferência do governo em operações investigando a prefeitura de Cuiabá.  “A pasta da Segurança Pública é uma pasta de Estado e não de governo. Independente do CPF da pessoa, nós vamos trabalhar e já demonstramos isso diversas vezes. A pasta da Segurança toda vez que envolve política tem problema. Enquanto eu estiver aqui, a secretaria vai ser tratada da forma que tem que ser”, declarou.

A investigação que resultou, no último dia 19, no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro, é feita pelo Ministério Público Estadual e pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), da Polícia Civil e o afastamento de Emanuel, por centenas de nomeações ilegais de servidores na secretaria de Saúde, foi determinado pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva que, na última quinta-feira, negou o primeiro recurso para ele reassumir o cargo.

Alvo constantes das ações policiais, Emanuel vinha afirmando que o governador Mauro Mendes (DEM) criou a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para perseguir a gestão municipal com as diligências. Stopa, que é braço direito de Emanuel, segue um discurso semelhante. Ao assumir o comando da prefeitura na semana passada, o gestor reclamou dizendo que “parece que tem que tem coisas que só acontecem em Cuiabá” ao questionar as operações que ocorreram na capital nos últimos meses, resultando no afastamento de 8 secretários municipais.

O prefeito interino ainda alfinetou a gestão Estadual afirmando que contratações temporárias ocorrem em todo o país, inclusive na Santa Casa, administrada pelo governo. Ao comentar sobre as declarações, Bustamante afirmou que o governador não teria poder suficiente para influenciar nos órgãos de controle e na Justiça. Ele ainda acrescentou que “todas as denúncias que chegam à secretaria de Estado e Segurança Pública serão investigadas”. “Vamos aguardar as denúncias e como elas serão apuradas. Eu acredito que o governador por mais influência que ele tenha, ela não consegue ter influência no Ministério Público Federal, na Polícia Federal, na Justiça Federal e no Ministério Público do Estado”, finalizou.

Esta semana, houve outra decisão, do juiz Bruno D’Oliveira Marques, a pedido do Ministério Público Estadual, afastando Emanuel Pinheiro por 90 dias, considerando que seu afastamento é indispensável, tanto para assegurar a utilidade do processo na apuração e responsabilização pelos graves fatos ora apresentados em juízo, tanto para evitar a iminente prática de novos ilícitos” e que os “elementos apresentados na ação são suficientes para demonstrar que o prefeito vem “não só agindo com recalcitrância no cumprimento das determinações judiciais, como também com nítida intenção de dificultar a instrução processual e com indicativos de que, se não obstado, continuará a agir de modo a dar continuidade à prática de contratação temporária irregular e de pagamentos indevidos do denominado prêmio saúde”.

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