Empresários e agricultores de Sorriso começaram a aderir a linha de financiamento destinada a pagar contas da última safra com o comércio sorrisense, referentes às vendas de sementes, insumos, óleo diesel e outros produtos agropecuários. As dívidas foram contraídas para preparar as áreas e o plantio da safra 2004/2005 e não puderam ser supridas, devido a baixa do dólar [R$ 3,1 para plantio e R$ 2,4 para colheita], o que ocasionou baixa produtividade e lucros ainda menores.
A solução encontrada, agora, foi fazer a linha de crédito especial. “Já tem muitos agricultores procurando o banco ou os próprios empresários para fazer acordos referentes os créditos. Alguns empresários também já estão se movimentando para receber o quanto antes”, disse, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Leonir Capitâneo.
Ele aproveitou para destacar que a medida ajudará a desafogar alguns agricultores que buscam alternativas para quitar os débitos. “Acredito que dentro de uns 15 dias os resultados já comecem a aparecer e a inadimplência comece a diminuir”, salientou, completando que o resultado real só deve ser visto no próximo mês.
“Esse processo não é para se ter bons resultados a curto prazo. A expectativa é de que mais para o final de setembro e começo de outubro o comércio obtenha giro maior de dinheiro e então vamos ver realmente qual está sendo o reflexo dessa medida para o setor. O que acontece hoje é que não há dinheiro para o comércio local e o crédito vai dar fôlego novo para nossa economia”, ressalta.
Conforme Só Notícias já informou, a medida foi instituída pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para funcionar como um empréstimo bancário, ou seja, o empresário terá que comparecer no banco munido da nota fiscal, bem como outros documentos que comprovem a venda de combustível, sementes, insumos ou qualquer produto agrícola ao produtor rural. O banco estará fazendo uma espécie de compra dessa dívida do agricultor fazendo o pagamento ao empresário e o valor será parcelado ao produtor em até 24 parcelas.
