quarta-feira, 8/maio/2024
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Comércio de Sinop vendeu pouco em abril, diz CDL

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O Comércio de Sinop está sentindo os reflexos da crise no agronegócio. Os baixos preços das sacas de soja e arroz, a crise no setor madeireiro tudo isto tem afetado a economia local. O mês de abril não foi um sucesso em vendas, mesmo que os números do SPC demonstrem um aumento nas consultas.

Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito os lojistas de Sinop fizeram 15% mais consultas em abril de 2005 em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas se a comparação for com o mês de março, que já foi considerado ruim em matéria de vendas, o número de consultas caiu, de 15.931 para 14.766. O mesmo processo aconteceu com as consultas de cheque que de 2004 para 2005 aumentaram 13%, mas de março a abril caíram de 6.042 para 5.314.

Segundo Ervilio Galina, proprietário de uma loja de confecções, uma das 10 empresas que mas fez consultas ao SPC em abril, as vendas do mês foram iguais a do mesmo mês em 2004, o que significa uma leve queda já que o ideal seria as vendas aumentarem. “Não atingimos nossa meta, mas diante do panorama da crise no agronegócio, acho que os resultados foram muito bons”, explica Galina que está esperançoso com o mês das mães mas preocupado como todos os comerciantes. “Estamos com o pé atrás porque o dinheiro do agronegócio e dos madeireiros está preso, parou de circular”, concluiu.

Segundo muitos comerciantes as vendas no comércio de Sinop ainda não pararam mas elas diminuíram em torno de 20 a 30% e muitas vezes os comerciantes estão abrindo a mão da lucratividade para manter o capital girando. A crise preocupa os proprietário e principalmente os empregados, primeiro porque muitos recebem por comissão e segundo porque o fantasma da demissão começa a rondar as lojas. “Esperamos que em maio o dia das mães impulsione as vendas e que elas se mantenham em junho com a Exponop porque se a situação não melhorar teremos que começar a demitir”, desabafa um comerciante que prefere não se identificar.

A situação de crise é confirmada em todos os segmentos. Heliton de Paula, proprietário do Posto Trevão, outra empresa que figura entre as 10 que mais consultaram, explica que as consultam são um reflexo da preocupação. “Dos últimos 4 anos para cá este foi o pior mês de abril de todos, nunca voltaram tantos cheques como agora e a inadimplência está enorme, estamos quase no fundo do poço e a situação vai demorar um pouco para melhorar porque o produtor está com dividas vencendo e com preço de saca que não corresponde a necessidade, acredito que o ano todo será difícil para nós”, disse.

O presidente da CDL Sinop, preocupado com a situação que o comércio tem enfrentado e consciente da crise no Agronegócio, tem procurado a APA e o Sindicato Rural para juntos buscarem uma solução. “Apesar da crise estou otimista e apostando no dia das mães e na Exponop, duas datas que sempre foram muito fortes para o comercio. Agora não vamos ficar de braços cruzados e os produtores podem contar com os comerciantes nas ações de protesto junto ao governo federal”, finaliza Afonso Teschima Junior.

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