Os taxistas realizaram uma carreata pelas principais ruas de Cuiabá em protesto contra o aplicativo Uber, que passou a funcionar na capital desde do dia 25 de novembro. A reação dos profissionais é a mesma que foi experimentada pelos profissionais das outras cidades em que o aplicativo passou a vigorar.
A carretada começou no ginásio Aecim Tocantins, no bairro Verdão, e passou pelas principais avenidas centrais, como a avenida Rubens de Mendonça, e seguiu até a sede do Ministério Público Estadual (MPE) e também da Assembleia Legislativa.
Os taxistas alegam que os operadores do aplicativo Uber atuam sem regulamentação e o sistema afronta os direitos trabalhistas dos taxistas. O objetivo da carreata foi chamar a atenção da sociedade e das autoridades com poder de decisão sobre o tema. Reivindicar aos políticos, o direito adquirido em lei federal, que regulamenta a profissão de taxistas, que se sentem prejudicados pelos operadores do Uber.
O vice-presidente do Sindicato dos Taxistas, Adailton Lutz, criticou duramente a plataforma. “Não é brasileira, não recolhe imposto para município, nem Estado e nem para o país e estão levando as pessoas a acreditar que compensa cobrar esse preço baixo, preço de ônibus, que não paga nem o combustível, imagina a sobrevivência. Não estão contabilizando o valor de um pneu, do combustível, o desgaste do carro e o valor do taxista como profissional. Nada disso está sendo levado em conta”.
A capital de Mato Grosso é a 32ª cidade no Brasil em que o aplicativo é oferecido. Ele conecta os parceiros que colocam os serviços de motorista particular à disposição com os “clientes que buscam segurança, agilidade e melhor preço em seus deslocamentos”.
