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Deputado de MT que está na CPI Correios suspeita de documento

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Simone Vasconcelos, diretora financeira da SMPB, empresa do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, confirmou à Folha de S.Paulo, em reportagem publicada hoje, que autorizou Roberto Marques –assessor pessoal do ex-ministro José Dirceu em São Paulo– a sacar R$ 50 mil de uma das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural, no ano passado. Valério é o pivô das investigações da PF e do Congresso, acusado de bancar dívidas do PT junto a bancos.

A diretora da SMPB afirmou ainda que confirmará a versão –que ligaria Dirceu ao esquema do suposto “mensalão”– em depoimento à Polícia Federal amanhã, e à CPI dos Correios, na quarta-feira.

Neste sábado, a revista “Veja” divulgou cópia de um documento apreendido pela PF em Belo Horizonte (MG) que complicou a situação de Dirceu: uma lista com a relação das pessoas autorizadas a retirar dinheiro da conta de Valério –entre elas, seu assessor Roberto Marques.

Ainda ontem, Dirceu divulgou nota negando as informações de que Marques, que segundo ele é seu amigo, e não assessor, tenha feito saques nas contas do publicitário Marcos Valério.

“Contesto taxativamente a suposição de que Roberto Marques, que é meu amigo, e não meu assessor, tenha sido autorizado a sacar dinheiro das contas de empresas do senhor Marcos Valério”, diz Dirceu na nota.

De acordo com a reportagem da “Veja”, o documento do Banco Rural autoriza “Roberto Marques” a receber R$ 50 mil referente ao cheque 414270, da empresa SMPB Comunicação em uma agência da instituição em São Paulo.

O assessor de Dirceu negou ter feito saques e disse que seu nome foi usado indevidamente. Chegou a falar em “homônimos”. “Só pode ser então uma armação para complicar a vida do Zé Dirceu”, afirmou à revista.

“Sob suspeição”

O documento ainda é visto com ressalvas pelos membros da CPI dos Correios. “A assinatura de autorização não é a mesma que consta de outros documentos semelhantes”, disse o deputado Carlos Abicalil (PT-MT) à Folha, antes de saber da confirmação da diretora da SMPB.

O PT divulgou uma nota de Abicalil em que ele afirma que o documento está “sob suspeição”.

Por outro lado, o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que a comissão irá investigar. “Não vamos deixar de investigar porque é A ou B. Se há indícios contra alguém, quem quer que seja, será apurado”.

Depoimento

Afastado do cenário político recente, Dirceu tem se concentrado na sua preparação para o depoimento de terça-feira no Conselho de Ética da Câmara.

O conselho foi acionado depois que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou o suposto esquema de pagamento de mesada a parlamentares da base aliada. Jefferson responde a processo de quebra de decoro parlamentar por apresentar as denúncias sem provas.

O deputado fluminense citou Dirceu como um dos protagonistas do esquema do “mensalão”.

Dirceu deverá depor em um clima de completa animosidade. Conhecido por sua personalidade forte, o ex-ministro terá de enfrentar, além do conselho, uma possível antecipação de uma acareação com Jefferson, que já anunciou que irá acompanhar o depoimento na primeira fila. Pelo regimento, a condição de Jefferson lhe permite pedir a palavra e falar por dez minutos.

O ex-ministro passa o final de semana em Cruzeiro do Oeste, com o filho Zeca. Procurado por jornalistas, disse que não daria entrevistas porque queria descansar no final de semana.

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