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Diretores de entidades de MT criticam possível volta da CPMF

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O possível retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não agrada nenhum pouco os representantes de entidades de classes matogrossenses. O governador Silval Barbosa (PMDB) se mostrou favorável ao retorno do imposto. Consultados por Só Notícias, os presidentes da Famato (fedração da Agricultura de Mato Grosso), Rui Prado, o vice-presidente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), Jaldes Langer e o presidente da CDL Sinop, Afonso Teschima Junior, repudiaram qualquer tipo de movimentação política no sentido de recriar a CPMF.

Rui Prado classificou a articulação como “absurda”. Para ele, o governo deveria pensar em desonerar e não em aumentar ainda mais os impostos para os cidadãos. “Temos uma elevada carga tributária e ainda pensam em criar mais impostos. Isso vai na contramão do desenvolvimento do nosso país. É um absurdo”, atacou.

Segundo ele, os produtores serão extremamente prejudicados, caso o imposto volte a vigorar. “Os produtores tem uma margem de lucro pequena, mas movimentam muitos recursos financeiros com a compra de insumos e demais materiais para poder produzir. Isso pode enfraquecer ainda mais o produtor”, afirma, em entrevista ao Só Notícias.

Teschima classificou como “ridícula” a volta do imposto. Ele apontou que nos dez meses deste ano, o país já arrecadou mais recursos por meio dos impostos que em todo o ano anterior. O presidente da CDL de Sinop acredita que, caso a proposta retorne, os comerciantes serão obrigados a repassar os custos de mais este imposto para o consumidor final. “A carga tributária do país é elevada e isto vai pesar ainda mais para o consumidor, pois o imposto terá que ser repassado”, ressaltou.

Para ele, a justificativa de que o imposto será retomado para investimento na área da saúde não convence. “Será que é para a Saúde mesmo? Antes tinha e a Saúde era um caos e hoje não tem e a área continua sendo ruim. Isso é problema de gestão e não de recurso”, criticou.

Da mesma opinião compartilha, o vice-presidente da Fiemt. De acordo com ele, não foi realizado grandes melhorias quando o imposto estava em vigor no passado e nem será agora que a situação irá melhorar. “Não concordo de nenhuma forma com a volta da CPMF, já temos impostos em cascata. O que falta é uma gestão melhor dos recursos para a Saúde”, acredita.

De acordo com reportagem do Estadão, 14 governadores eleitos ou reeleitos são favoráveis em ressuscitar a cobrança do imposto para terem mais recursos a serem investidos na saúde pública – principal finalidade da CPMF. A maioria dos favoráveis é de partidos da base aliada da presidente eleita Dilma Rousseff, o que deve facilitar a aprovação, em 2011, de projeto para que os brasileiros voltem a pagar o imposto.

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