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Taques nega ter conhecimento prévio de operação e diz que ninguém está acima da lei

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O governador Pedro Taques (PSDB) negou ter conhecimento prévio da operação Sodoma, deflagrada pela Delegacia de Combate à Corrupção, que prendeu os ex-secretários de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel de Cursi. O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) está com o mandado de prisão preventiva expedido, mas é considerado foragido.

Apesar de um primeiro comunicado repassado pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública apontar que a ação partiu do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), da qual Taques é o presidente, ele negou o envolvimento do governo nesta operação. Segundo o governador, a operação não é uma ação da Cira e sim da Delegacia Fazendária juntamente com a promotora Ana Cristina Bardusco.

“Eu, como governador, criei o Cira, mas esta é uma ação da Defaz, junto com a promotora. Eu não fico cobrando do secretário as ações que são praticadas lá, as investigações são sigilosas. Não me cabe fazer qualquer ingerência, como o presidente da República não faz em relação a Polícia Federal”, disse, segundo o MidiaNews.

Porém, Taques defendeu a operação, disse que ninguém está acima da lei e o cidadão que cometer crimes será investigado. Ele ressaltou também que não se pode condenar quem quer que seja antes de uma sentença condenatória. “Não acabamos com a impunidade com um ato. Depende de cultura, depende de ensinarmos as crianças, adolescentes, a todos, que é preciso agir de acordo com a Constituição”.

As investigações que levaram à operação Sodoma, deflagrada ontem pela Delegacia de Combate à Corrupção, constataram que a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), concedeu incentivos fiscais, via Prodeic, de forma irregular para algumas empresas.

No início do ano foram feitas auditorias na concessão de benefícios e incentivos fiscais e algumas irregularidades foram detectadas. Em razão dessas irregularidades foram instauradas investigações criminais sendo que a primeira foi relacionada à concessão do Prodeic para o grupo empresarial formado por três empresas de Cuiabá.

Durante as investigações alguns empresários assinaram um termo de colaboração premiada, auxiliando nas investigações, comprovando o pagamento de propina a servidores públicos em razão da concessão dos benefícios via Prodeic.

O sócio-proprietário de uma destas empresas disse ter pago R$ 2,6 milhões de propina para conseguir enquadrar sua empresa em incentivos fiscais. 

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