O Grêmio fez sua parte neste sábado e segue na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. No estádio Anacleto Campanella, o Tricolor gaúcho aproveitou a situação crítica do São Caetano, venceu por 2 a 0 e a retoma vice-liderança depois de o Santos perder para o Botafogo por 4 a 3.
Para completar, o Grêmio quebrou um tabu que já incomodava os seus torcedores: antes deste jogo, o time gaúcho jamais havia derrotado o Azulão. Agora, o retrospecto aponta uma vitória gremista, cinco paulista e quatro empates.
A vitória também serviu para o Tricolor esquecer a derrota para o Santos na última rodada e ganhar confiança para a “decisão” contra o São Paulo, no próximo domingo, no estádio Olímpico. Com 51 pontos, os gaúchos têm oito a menos do que os líderes e um a mais do que o Santos.
O São Caetano, por sua vez, vê cada vez mais a segunda divisão mais perto. Com 26 pontos, a equipe ainda não venceu sob comando de Hélio dos Anjos e acumula 12 rodadas sem garantir os três pontos. Na próxima rodada, o adversário será o Botafogo, no Maracanã.
Prova do nervosismo do São Caetano com a situação foi a expulsão de Triguinho, aos 23 do primeiro tempo, o que complicou a tarefa do anfitrião. Aos 36, Lucas abriu o placar para o Grêmio, que passou o restante do jogo controlando a partida. Mesmo assim, ampliou a vantagem aos 32 da segunda etapa com Rômulo.
O jogo: Na primeira metade do primeiro tempo, o São Caetano teve o domínio do jogo, até mesmo pela postura defensiva gremista em busca dos contra-ataques. Mesmo assim, o Tricolor assustou aos cinco minutos, quando Tcheco lançou Rômulo. O atacante ficou no mano a mano com Thiago, mas ao invés de servir Rafinha que fechava livre, ele arrematou cruzado e errou o alvo por pouco.
Aos 14, foi a vez do São Caetano imprimir velocidade e chegar no contra-ataque. Martin foi lançado por Élton, ganhou de Evaldo e chutou cruzado. Galatto fechou o ângulo e colocou para escanteio. Cinco minutos mais tarde, Élton, o mais perigoso do Azulão, recebeu falta na entrada da área. Na cobrança, Ânderson Lima chutou direto, a bola desviou na barreira e quase traiu Galatto, que ficou torcendo e viu a bola sair por cima do travessão.
Quando o São Caetano mais se sentia vontade na partida, Triguinho fez besteira e deixou seu time em apuros aos 23 minutos. Por uma entrada violenta em Lucas, ele recebeu o cartão vermelho direto. O técnico Hélio dos Anjos agiu rápido, trocou o meia Élton pelo lateral Cláudio e fechou o time na defesa.
Porém, com a aposta no contra-ataque, o São Caetano atraiu o Grêmio para o seu campo e a pressão foi inevitável. E quando buscava o gol, deixava tudo aberto, como aconteceu aos 32, quando Tcheco lançou Rômulo, mas ele demorou para definir qual jogada faria. Acabou rolando para Ramón, que chutou em cima de Mauro desperdiçando um ataque de três contra dois.
Porém, na investida seguinte, aos 36, o Tricolor pulou na frente. Rafinha avançou pelo meio e abriu para Wellington na esquerda, que centrou para a área. Lucas se antecipou à zaga e colocou no ângulo de Mauro. Do outro lado, a torcida gremista seguia o ritual de comemorar à la Argentina o gol. Do outro lado, os torcedores do Azulão iniciavam os protestos, xingavam Hélio dos Anjos de burro e de consolo parte deles vibrava a cada gol são-paulino no Morumbi.
Apesar de sem alterações, o São Caetano voltou com uma postura atrevida e partiu para cima. Com a entrada de Dinélson, a ousadia aumentou, assim como os buracos na defesa. Tanto que aos 15 minutos Rômulo recebeu pela direita, passou por Cláudio, limpou Thiago e chutou à direita de Mauro, que só pôde torcer para a bola sair pela linha de fundo.
Satisfeito com o resultado, o técnico Mano Menezes fez alterações, trancou o time e passou a explorar os contra-ataques. E num deles, aos 32 minutos, Rômulo recebeu na cara de Mauro e só teve o trabalho de deslocar o goleiro: 2 a 0. A partir daí foi só esperar o apito final. Antes Mano Menezes foi expulso por reclamação.