Os concorrentes ainda têm chances matemáticas, mas para o torcedor são-paulino o seu time será mesmo o campeão. Graças a uma promoção idealizada pela diretoria para alguns setores de arquibancada e outra realizada por uma empresa de alimentos, o Morumbi recebeu, neste sábado, 55.244 pagantes. Além de terem batido o recorde de publico do futebol brasileiro em 2006, os torcedores tricolores fizeram uma festa antecipada, prevendo a conquista do Brasileirão.
Motivos não faltaram para tanta animação. O São Paulo vai para a 17ª rodada consecutiva como líder da competição e, desta vez, o time goleou o Juventude, por 5 a 0. No Rio de Janeiro, o Santos ainda perdia para o Botafogo. A distância de dez pontos para o segundo colocado fez a torcida tricolor gritar “é campeão”.
O Juventude saiu do gramado reclamando do árbitro Evandro Rogério Roman, que expulsou Antônio Carlos e Lauro ainda no primeiro tempo. Danilo, Ilsinho, Leandro, Alex Silva e Aloísio marcaram os gols do Tricolor. Rogério Ceni chegou a desperdiçar um pênalti.
Após a comemoração de título fora de época, uma micareta futebolística de sua torcida, o Tricolor terá de se preparar para enfrentar o Grêmio, no Olímpico, na próxima rodada. O Juventude receberá o Fluminense, em Caxias.
O São Paulo começou pressionando bastante, enquanto Juventude não encontrava a hora certa de contra-atacar. Josué sofreu pênalti aos cinco minutos de jogo e a torcida foi ao delírio.
Praticamente lotado, o Morumbi tinha certeza de que a bola entraria e, por isso, o nome do maior ídolo foi gritado. A torcida tricolor se enganou. O goleiro André esperou até o último momento e Rogério Ceni acabou chutando por cima do gol.
Apesar de ter deixado a torcida mais impaciente a cada passe errado, o São Paulo continuava com domínio do jogo. Danilo cabeceou errado e perdeu boa chance, Aloísio fez bonita jogada e acertou a trave do goleiro André.
A torcida pedia “vamos, São Paulo, vamos ser campeões”. Os jogadores tentavam mais uma vitória, mas o Juventude marcava bem. Antônio Carlos fez falta muito dura em Aloísio e levou o segundo amarelo e, conseqüentemente, o vermelho. Lauro reclamou e também foi expulso.
Rogério Ceni foi para a cobrança na meia-lua. O goleiro são-paulino surpreendeu e rolou para Danilo chutar firme e rasteiro para abrir o placar, aos 38 minutos do primeiro tempo.
Com dois jogadores a mais em campo, a torcida pedia “mais um, mais um”. O time obedeceu rapidamente, três minutos depois do gol. Josué bateu de longa distância e André espalmou. Ilsinho aproveitou o rebote e desviou do goleiro: 2 a 0.
Insaciável, a torcida continuou pedindo mais e novamente a equipe respondeu. Leandro aproveitou cruzamento da direita e, de cabeça, fez 3 a 0, aos 44 minutos. A esta altura, a torcida já gritava “é campeão” ao ver que o Botafogo estava vencendo o Santos.
Após o intervalo, o Juventude se armou para evitar uma goleada ainda maior. O São Paulo preferiu tocar a bola até achar uma brecha na defesa gaúcha. O Tricolor chegou a fazer o quarto gol, mas o árbitro anulou a jogada apontando uma falta duvidosa no goleiro André.
Alex Silva subiu firme após cobrança de escanteio e cabeceou forte para fazer 4 a 0 para o São Paulo. Desta vez, o árbitro não anulou para alegria da torcida. Depois disso, o que se ouviu foram os gritos de “olé”.
Novamente em cobrança de escanteio, Aloísio marcou o quinto gol são-paulino, desviando de cabeça. Completando o clima de micareta, o atacante dançou e rebolou, aos 42 minutos, pouco antes de o placar eletrônico anunciar o quarto gol do Botafogo em cima do Santos.