A Polícia Civil de Guarantã do Norte (233 km de Sinop) concluiu o inquérito da morte da adolescente de 15 anos e indiciou o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, pelos crimes de feminicídio, dano ao patrimônio público, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir veículo sob a influência de álcool, entregar veículo automotor a pessoa não habilitada e servir bebida alcoólica à adolescente.
Com o montante das penas máximas, o médico poderá cumprir até 62 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.
O crime ocorreu no último dia 3. Conforme a investigação, a dinâmica dos crimes aconteceu em um intervalo de 33 minutos. Inicialmente, às 00h55, o casal deixa um bar, localizado no centro da cidade. Dois minutos depois, o veículo, que até o momento é conduzido pelo médico, trafega pela avenida José Nelson Coutinho. No minuto seguinte, entra na avenida Guarantã, instante em que a vítima é colocada no colo do médico e assume a direção do automóvel, quando acontece o disparo dentro do carro.
Diante do ocorrido, às 01h01, o veículo entra na avenida Dante Martins de Oliveira, em alta velocidade, sentido ao hospital. O veículo chega às 01h02 e, no intervalo que vai até as 1h28, é declarado o óbito da vítima. Então, a administração aciona a Polícia Militar, que chega ao local em três minutos, às 1h31.
Ainda segundo a Polícia Civil, o médico adquiriu a arma usada no homicídio em 2022. Entre os meses de outubro e novembro do ano passado, foi apresentada à jovem pela irmã dela. Em 03 de janeiro deste ano, iniciam uma união estável. Três meses depois, a adolescente chegou a ser levada pelo namorado ao hospital por conta de sangramento no nariz. À época, foi atendida por ele próprio, que teria prescrito alguns medicamentos e afirmado que o sangramento não seria proveniente de qualquer agressão.
A investigação apurou ainda que a arma foi adquirida de forma ilegal e que, uma semana antes da morte da jovem, o médico teria efetuado disparos a esmo com a arma, na cidade de Guarantã.
A prisão preventiva do médico ocorreu dois dias após o crime, no dia 05. No interrogatório, o suspeito confessou ter sido o autor do disparo que atingiu a cabeça da adolescente, mas que teria sido de forma acidental, pois acreditava que arma estava desmuniciada.
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