terça-feira, 23/abril/2024
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Governo pode suspender compra de carros e equipamentos russos

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O governo do Estado estuda não fazer mais negócio com uma empresa russa escolhida para intermediar o repasse dos 10 veículos Land Rover Defender customizados com equipamentos para segurança de fronteira, em contrato de R$ 14 milhões com o governo da Rússia, efetuado pela extinta Agecopa sob responsabilidade de Éder Moraes. A estratégia, discutida em reunião de cúpula no Palácio Paiaguás, é uma tentativa de minimizar o impacto negativo à imagem do Executivo com a repercussão do caso, divulgado por A Gazeta. Nos planos, consta possibilidade de amarrar o contrato com outra operadora, tirando o foco dos órgãos fiscalizadores sobre a empresa Globaltech, conforme fonte.

O governador Silval Barbosa (PMDB) cobra da equipe a solução “urgente” para os questionamentos. A mais recente tática do Executivo foi inserir no contexto de defesa explicações dadas pelo secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado. Mas as alegações e remessa de informações disponibilizadas ao público e ao Ministério Público Estadual (MPE), Assembleia Legislativa e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), estão sob análises criteriosas e ainda não convencem.

Os dados são considerados insuficientes para sanar série de dúvidas e apontamentos que constam em documentos sob o crivo do MPE, TCE e do Poder Legislativo. A empresa, inscrita junto a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) em novembro de 2010, teve que se adequar neste ano, com alterações no contrato social para atender o perfil ideal nas negociações. Representada por um advogado em Cuiabá, estaria “em fase de estruturação”.

Na extensa relação de itens questionados sobre a empresa, consta o empenho da Agecopa para convencer o Ministério da Defesa, por meio de pedido de atestado, sobre a “exclusividade” da Globaltech para atender a parceria entre os governos do Estado e da Rússia. Em 2010, a empresa não registrou venda de produtos.

Existe entendimento de membros do secretariado estadual que a quebra de contrato com a empresa pode assegurar um quadro mais transparente, extirpando um dos pontos “nebulosos” sobre as negociações para obtenção dos equipamentos.

Outro item estranho. Trecho de documentos sob investigação dos órgãos fiscalizadores ressalta registro de “carta oficial” na qual a Gorizont, empresa da Rússia parceira do Grupo Elite, sediado em Brasília e responsável pela Globaltech, confirma “que no período de 2007 até novembro de 2010 havia fornecido cerca de 50 unidades de Complexo de Patrulha Móvel Patriot”.

Mas as análises mostram em princípio a não comprovação das informações. “…essas 50 unidades antes fornecidas pela Gorizont que não foram comercializadas pela Globaltech, a qual não tinha existência em 2007, demonstra que não há exclusividade desta última, quanto ao equipamento russo”, revela o documento.

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