O ator José Mayer teve alta neste domingo (29), depois de precisar ficar 30 dias internado para tratar-se da granulomatose de wegener (também conhecida como granulomatose com poliangiite), uma doença autoimune.
Em nota enviada ao Purepeople, a Casa de Saúde São José, localizada no Humaitá, zona sul da cidade do Rio de Janeiro, afirmou que o artista de 68 anos, afastado das novelas da TV Globo após ser acusado de assédio sexual por Su Tonani, ex-figurinista da emissora, corria risco de morte caso a enfermidade rara não fosse detectada com antecedência.
“A doença autoimune atinge, principalmente, os vasos sanguíneos dos rins, pulmões e vias respiratórias e pode ser fatal caso não diagnosticada precocemente. José Mayer esteve sob os cuidados da equipe liderada pelo Dr. Marcelo Kalichsztein. O ator passa bem”, informa a mensagem. Entre os sintomas da doença, a pessoa afetada pode apresentar febre, tosses com sangue, congestionamento e sangramento nasal, insuficiência renal, sinusite e sangue na urina.
Acusação de assédio contra José Mayer gerou reivindicação da emissora
A divulgação do caso de assédio sexual cometido por José Mayer fez com que atrizes da TV Globo mobilizassem uma campanha contra tal violência contra as mulheres. “Mexeu com uma, mexeu com todas” foi o nome dado à mobilização em que artistas como Alice Wegmann, alvo de ataque em rede social, Sophie Charlotte, Mariana Xavier e Monica Iozzi fizeram parte. Depois do caso repercutir na imprensa internacional e ser pressionada por seus funcionários para que José Mayer fosse afastado de A Lei do Amor, novela em que estava atuando como o vilão Tião, a TV Globo também teve pedidos de mudanças em seu Código de Ética e Conduta interno para que novos casos de assédio sexual não voltassem a acontecer em suas dependências.
Em comunicado após a veiculação de notícias sobre sua atitude, José Mayer confessou ter praticado a atitude agressiva e machista contra a figurinista Su Tonani, que preferiu não depor contra ele.
“Carta aberta aos meus colegas e a todos, mas principalmente aos que agem e pensam como eu agi e pensava: Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora. Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço. Tenho amigas, tenho mulher e filha, e asseguro que de forma alguma tenho a intenção de tratar qualquer mulher com desrespeito”, declarou em trecho da nota.
(PUREPEOPLE)