O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, afirmou em um programa de TV da capital que fará tudo que estiver ao seu alcance para normalizar o setor de saúde. Ele deu essa garantia ao responder questões sobre o impasse a que chegaram as negociações entre o sindicato dos médicos e a prefeitura – que ao final de uma greve de 30 dias decidiu acatar os pedidos de demissão de alguns profissionais. Santos lembrou, mais uma vez, que o salário da classe médica está “rigorosamente em dia”.
“A atual gestão da prefeitura pegou uma folha de pagamento atrasada há meses. Conseguimos regularizar a situação e hoje pagamos o salário dos médicos, e dos demais servidores municipais da saúde, rigorosamente em dia. Por isso desconheço a afirmação de que a prefeitura finge que paga enquanto os médicos fingem que trabalham”, pontuou Santos, acrescentando que todo profissional está ciente do salário a que terá direito antes de ingressar na rede pública de saúde.
“Uma das questões que constam da pauta de reivindicações dos médicos é o aumento de salário. Ao fazer o concurso para trabalharem no Pronto Socorro Municipal, os médicos sabem antecipadamente os salários que vão receber. Nesses tempos de recessão, com a receita da prefeitura em baixa, antes mantermos os salários em dia, do que voltarmos aos velhos tempos dos atrasos salariais”, explicou o prefeito.
Santos também falou da situação da saúde no estado. Segundo ele, se faz necessário a “estadualização” do Pronto Socorro de Cuiabá e a criação de um hospital regional para atender a demanda de pacientes no município. “Apesar da grande demanda, vinda de todo o Estado, o Pronto Socorro de Cuiabá possui o menor índice de infecção hospitalar de Mato Grosso. Vale ressaltar que Cuiabá é a única capital do país que não possui um pronto socorro estadual. Para que não haja sobrecarga, é necessário estadualizar o pronto socorro da capital e criar uma unidade regional para atender a demanda local”, opinou.
Ao final ele frisou que nada impede que os novos médicos contratados pela prefeitura atuem em Cuiabá. “Os profissionais são formados no Brasil, isto quer dizer que os seus diplomas abrangem todo o território nacional. Os novos médicos contratados pela Prefeitura podem atuar em qualquer lugar do Brasil. Além disso, estamos em regime de urgência. Infelizmente os médicos grevistas da Capital radicalizaram, pediram demissão e nós acatamos. A Prefeitura, se preciso, buscará médicos na China para resolver a situação, o que não pode ocorrer é que a população fique sem o serviço de saúde”.