O ácaro Ornithonyssus sylviarum foi confirmado pela Vigilância Estadual como principal agente causador de vários casos de lesões de pele em moradores de Lucas do Rio Verde. A secretária municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde, Fernanda Heldt Ventura, explica que os moradores agora deverão ter cuidados ao frequentarem espaços públicos, como praças.
O laudo definitivo ainda não foi entregue ao município, mas diante das informações, a Saúde optou em orientar a população sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação. “Precisamos de medidas que afastem um pouco as aves dos espaços públicos. A gente vai para as praças e acaba deixando restos de comida e isso atrai. Outra orientação é utilizar roupas cubram o corpo, para evitar o contato com a grama”, explica a secretária.
Esta é a primeira vez que o município enfrenta essa situação. Também não há registros de algo parecido em Mato Grosso. A tendência é que o problema se resolva com a chegada do período chuvoso.
A secretária explica ainda que nem todas as pessoas que tiverem contato com o ácaro desenvolverão a dermatite. As lesões não são transmitidas de pessoa para pessoa e também não há uma evolução nos sintomas.
“Neste momento, precisamos nos cuidar e evitar o contato, porque o ácaro fica nas penas das aves. Apesar de bastante incomodativo, as lesões são facilmente controladas com o uso de anti-histamínicos”.
Além da praça do Bandeirantes, a Vigilância também encontrou o parasita em outros espaços públicos, como a Praça Maria de Lourdes Delmoro (Cerrado), Praça Irilde Massucatto Binotti (Florais dos Buritis), Lago Ernani Machado, rotatória do Paço Municipal e canteiro da Av. Universitária.
O secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Felipe Palis, ressalta que a presença do ácaro não é motivo para que a população extermine os pássaros, uma vez que é crime ambiental. Segundo ele, a maneira mais eficiente e ecologicamente correta de evitar o aumento e a proximidade das aves em relação aos espaços públicos e aos seres humanos é não alimentar as espécies.
“Não há nada que eu ofereça a um animal silvestre, que seja mais nutritivo pra ele, do que os alimentos disponíveis na natureza. Quando eu dou comida pra um animal, ele vai entender que próximo aos seres humanos, ele vai se alimentar com mais facilidade e isso gera vários problemas, como o que estamos vivendo hoje”.
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