Usuário chora ao sofrer humilhação na ala de emergência do Albert Sabin
O pedreiro Valmir Oliveira Ramos, 44, chorou ontem na portaria do Hospital Municipal Albert Sabin. A esposa Maria Isabel dos Santos Ramos, 34, aguardou pelo atendimento que só veio depois que Valmir bradou por atenção da equipe que atua no Pronto Socorro da casa hospitalar. Ele disse que foi obrigado a chamar a polícia para conseguir que a esposa fosse medicada.
A esposa de Valmir sofre de problemas na tiróide há algum tempo, mas o pedreiro garante que nunca havia passado pelo constrangimento de ontem. Ele disse que a pessoa responsável pela triagem fez pouco caso do problema de Maria Isabel, deixando-a do lado de fora do Albert Sabin.
“É uma humilhação”, lamentou, entre lágrimas, temendo pela saúde da mulher. “Ela já começou a perder os cabelos”, emendou.
Valmir disse ainda que procurou a direção da casa para maiores explicações, mas foi informado que os responsáveis pela saúde estão em férias, alguns viajando.
O aumento no número de atendimentos no Hospital Municipal já era temido pela comunidade. Os programas Saúde da Família não estão funcionando, com as férias coletivas dadas pela administração municipal. Com isso, os atendimentos acabam sendo centralizados no Albert Sabin, acarretando em espera pelos pacientes.