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Unemat e UFMT fazem mapeamento do perfil das crianças e adolescentes com Covid-19

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Redação Só Notícias (foto: João Reis/assessoria)

A Universidade do Estado de Mato Grosso, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso realizaram uma pesquisa que mapeou o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com Covid-19 na literatura mundial. A pesquisa foi realizada por enfermeiros e professores da das instituições com objetivo de conhecer quem são as crianças e adolescentes que estão adoecendo e morrendo com a infecção pelo vírus, que causa a doença.

“Como essa nova doença é uma emergência de saúde pública internacional, os pesquisadores têm se empenhado em desenvolver estudos, seja por revisões de literatura ou por pesquisas originais, com intuito de acrescentar informações e resultados contributivos para o controle da Covid em diferentes territórios e grupos populacionais”, explica o enfermeiro e professor Ronaldo Antônio da Silva, graduado em Enfermagem pela Unemat e mestre em Enfermagem pela UFMT. Ronaldo é docente e pesquisador da Unemat no curso de Enfermagem do campus Universitário de Diamantino.

“O desenvolvimento da pesquisa teve como finalidade colaborar com a compreensão da história natural da Covid-19, especificamente em crianças e adolescentes, bem como subsidiar ações e estratégias para a triagem, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e monitoramento nesta população”, aponta Ronaldo

A pesquisa utiliza o protocolo proposto pelo Instituto Joanna Briggs, da Austrália. É um tipo de revisão da literatura que possibilita mapear conceitos fundamentais de determinada área do conhecimento, mediante uma abrangente cobertura da literatura, para identificar lacunas de pesquisa existentes. “Essa pesquisa foi norteada pela seguinte pergunta: qual o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes com Covid-19 no contexto mundial? “, explica o enfermeiro.

Os resultados foram embasados em 32 artigos, sendo que 26 foram realizados na China. Os achados apontaram que a maioria das crianças e adolescentes com Covid-19 eram do sexo masculino, com contaminação pela transmissão familiar. As manifestações clínicas mais frequentes foram febre, tosse e diarreia. Dez estudos citaram condições pré-existentes, e o tempo de internação variou de 1 a 20 dias. Três óbitos foram referidos.

“Destacamos que os resultados publicados no estudo podem contribuir principalmente com o aprimoramento da literatura internacional sobre uma doença emergente, pouco conhecida e que impõe grandes desafios para a saúde global”, lembra o professor. “Os profissionais de saúde precisam dispor de orientações com base nos resultados de pesquisas com rigor metodológico científico. Dentre esses profissionais, destacamos os enfermeiros, que atuam na assistência direta à criança, ao adolescente e à família, que poderão se valer dos resultados para subsidiar linhas de cuidado, levando em consideração o perfil epidemiológico das crianças e adolescentes”, conclui.

Além de Ronaldo, também participaram das pesquisas dos professores Antônia Dinágila do Nascimento Ribeiro, Fabiane Blanco Silva Bernardino, Lidiane Cristina da Silva Alencastro e Maria Aparecida Munhoz Gaíva, do curso de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMT, e pelo mestrando Geovane Roberto de Campos Castilho, da UFMT.

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