Sinop e outras cidades da região Norte de Mato Grosso não terão da campanha de vacinação anti-rábica realizada em todo o Estado e que teve início no último sábado, 14. O Escritório Regional de Saúde informou ao Só Notícias que esta campanha é para os municípios e comunidades rurais e indígenas que não conseguiram atingir a meta de vacinação da última, realizada no final de 2004.
Apenas os municípios de Itaúba, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato, do Nortão, participarão desta etapa, para concluir a meta de 2004 antes do início da vacinação de 2005, que deve acontecer em setembro. Desta, Sinop irá participar.
Para esta etapa, a meta é vacinar 128.850 animais, sendo 109.300 cães e 19.550 gatos em todo o Estado de Mato Grosso. Além dos municípios que não atingiram a meta, devem ser vacinados os animais das cidades situadas em área de fronteira com a Bolívia, onde está ocorrendo uma epidemia de raiva. Os demais municípios que realizarão a Campanha são Araguaiana, Cáceres, Porto Esperidião, Jaúru, Comodoro, Nova Lacerda, Vila Bela da Santíssima Trindade, Jaciara, Poxoréo, Rondonópolis, São José do Povo, Denise e Porto Estrela.
A Secretaria Estadual de Saúde já disponibilizou para os municípios um total de 135.539 doses, com um acréscimo de 5% de segurança para eventuais perdas, além de seringas e do cartão do animal, que visa o controle da vacinação a cada ano. Em 2004, 559.033 animais foram vacinados, representando um índice de 96,21% de cobertura vacinal. Em 2004, o Estado registrou 107 casos de raiva animal, sendo 37 caninos e os demais entre bovinos e eqüinos, sendo que nestes casos a doença é transmitida pelo morcego hematófago. Desde 2002, não há ocorrência de casos de raiva humana, transmitida por animais domésticos.
A doença
A raiva é uma doença dos animais mamíferos, causada por um vírus, que pode ocorrer nos homens. É mortal tanto para os homens quanto para os animais. A melhor forma de proteção contra a raiva é vacinar os animais. A transmissão ocorre quando o vírus rábico presente na saliva do animal infectado entra no organismo, por meio da pele ou de mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambeduras. Nestes casos, a orientação é lavar bem o local ferido com água e sabão, não fazer curativos e procurar a unidade de saúde mais próxima.
O animal doente apresenta sintomas como: mudança de comportamento e de hábitos, salivação abundante, dificuldade para engolir, paralisia das patas traseiras e o latido torna-se diferente do normal, parecendo um uivo rouco. O animal que apresentar estes sintomas deve ser mantido preso e observado por 10 dias. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município deve ser procurado imediatamente, na falta deste, procurar o posto de saúde mais próximo.