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Sinop e mais 26 municípios de MT têm risco de surto de dengue, zika e chikungunya

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Só Notícias/Agência Brasil (foto: arquivo/assessoria)

Novecentos e noventa e quatro municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e podem registrar surtos de dengue, zika e chikungunya. O número, de acordo com informações do Ministério da Saúde, representa 20% das 5.214 cidades que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de doenças causadas pelo vetor.

O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano revela em Mato Grosso 27 municípios estão considerados em risco, sendo Itanhangá 10,60, Cláudia 10,30 com maior porcentagem de infestação predial, seguidos por Rondolândia 8,30, Santa Cruz do Xingu 8,10, Barra do Bugres 7,60, Tapurah 7,10, Santo Antônio do Leverger 7,00, Ipiranga do Norte 6,50, Marcelândia 6,40, Cuiabá 5,90, Nortelândia 5,90, Alto Paraguai 5,60, Nobres 5,30, Araputanga 5,10, Querência 5,10, Tabaporã 5,00, Nossa Senhora do Livramento 5,00, Cáceres 4,80, Várzea Grande 4,50, Rosário Oeste 4,50, Guiratinga 4,30, Sinop 4,20, Canarana 4,20, Poxoréu 4,20, Tangará da Serra 4,10, Aripuanã 4,10, Diamantino 4,00.

Em Sinop, foi feito, recentemente, mutirão em cerca de 60 bairros com retirada de lixo de residências e terrenos baldios para eliminar focos do mosquito transmissor das doenças.

O LIRAa também aponta que a incidência de casos de dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018. Além da situação de risco, o estudo identificou 2.160 municípios em situação de alerta e 1.804 com índices considerados satisfatórios.

O Ministério da Saúde alertou, hoje, em Brasília, para a necessidade de fortalecer ações de combate ao mosquito, mas avaliou que, mesmo com o aumento de casos de dengue, a taxa de incidência está dentro do esperado para o período e o país não está em situação de epidemia. Admite, entretanto, que podem haver epidemias localizadas de dengue em alguns municípios.

Cinco capitais estão com índice de infestação considerado satisfatório: Boa Vista, João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Cuiabá está classificada como em risco e outras 16 capitais estão em alerta. São elas: Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Salvador, Teresina, Recife, Belo Horizonte, Campo Grande, Vitória, São Luís, Belém, Macapá, Manaus, Maceió, Aracaju e Goiânia.

Natal, Porto Alegre e Curitiba realizaram levantamento por meio de metodologia diferente (armadilha), enquanto Florianópolis e Rio Branco não enviaram informações ao ministério sobre o índice de infestação ao governo federal.

O armazenamento de água no nível do solo (armazenamento doméstico), como em toneis e barris, foi o principal tipo de criadouro identificado no país, seguido por depósitos móveis, caracterizados por vasos e frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Por último, estão os depósitos encontrados em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.

Até o último dia 13, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no Brasil contra 102.681 casos no ano passado. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6 casos para cada 100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.

Já da zika foram 3.085 casos, com incidência de 1,5 caso para cada 100 mil habitantes. Em 2018, no mesmo período, foram identificados 3.001 casos prováveis da doença. Não há óbitos por zika contabilizados em 2019.

Também houve 24.120 casos de chikungunya, com uma incidência de 11,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2018, foram 37.874 casos, uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por Chikungunya no país.

O LIRAa é classificado pelo Ministério da Saúde como um instrumento fundamental para o controle do vetor e de doenças transmitidas por ele. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante.

O objetivo do levantamento é permitir que os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.

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