O aumento considerável no número de dengue na maior cidade do Nortão, este ano, vem preocupando autoridades, além de associações e entidades de classe. Para o presidente da Associação Médica, Jorge Yanai, é preciso que cada pessoa faça sua parte e colabore para evitar a doença. Para o médico, é deve de todos evitar a proliferação das larvas do mosquito, que se reproduz em água limpa e parada, desde que cuidem de suas residências e quintais, evitando que vasos, lixo, pneus, garrafas, entre outros objetos fiquem expostos. “O grande número da doença traz uma preocupação para a classe médica pois a dengue, na sua forma comum, tira o trabalhador do emprego. A dona-de-casa não pode fazer seu serviço. Afasta o adolescente das práticas esportivas, além das crianças. A preocupação nossa é de as pessoas terem a dengue hemorrágica”, declarou. “Nós médicos sabemos que a doença irá acontecer se descuidarmos do nosso quintal. Ela pode ser evitada”, alertou.
Até novembro, foram confirmados pela Secretaria de Saúde, 1.437 mil casos, número bem superior ao do ano passado, quando chegaram a 436. De acordo com Yanai, mesmo os médicos alertando aos pacientes sobre a necessidade de prevenção, é preciso mais conscientização. “Se todos fizerem sua parte não há possibilidade mínima de termos dengue”, salientou. Cerca de 100 profissionais formam a associação médica.
Dados da secretaria ainda mostram que fevereiro e março tiveram o maior número de contaminações. Foram 344 e 456, respectivamente, caindo para 210 em abril, e 134 em maio. Nos meses seguintes a queda foi maior chegando a 14, em junho, julho e agosto. Entre setembro e novembro, foram apenas 13 casos.