Os secretários de Estado de Assuntos Estratégicos, Gustavo de Oliveira, e de Saúde, Marco Bertúlio, se reuniram, esta manhã, com os responsáveis por coordenar o monitoramento da Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), de São Paulo. A operação monitora em tempo real toda a oferta de leitos, por especialidade e região naquele estado.
Na avaliação de Bertúlio, entre as vantagens do sistema está a possibilidade do gestor tomar decisões em tempo real sobre o deslocamento de pacientes. “Ele sabe naquele momento quantos leitos estão disponíveis e quais atendem às necessidades imediatas do paciente. Outra vantagem é na tomada de decisões para contratação de novos serviços hospitalares e, somado a tudo isso, um bom serviço de gestão de custos e de auditorias, que faz com que o serviço hospitalar de São Paulo tenha performance melhor do que a média do serviço nacional”.
Segundo ele, o objetivo da visita é buscar experiências para oferecer um serviço melhor para a população, localizando rapidamente as unidades de saúde que podem ofertar o serviço necessário no menor tempo possível. Integrado ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o sistema ajuda a salvar vidas na primeira hora após o acidente, situação conhecida na medicina como a hora de ouro, “the golden hour”.
Oliveira disse que o sistema paulista “conversa em tempo real” com o sistema do Ministério da Saúde, o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), mas com a vantagem de oferecer toda uma camada de inteligência de negócios para o processo decisório, que o modelo público federal ainda não oferece. “Funciona como uma camada de operação, uma gerencial e outra de tomada de decisão que facilitam muito a operação do serviço de regulação e a de deliberação tanto imediata, quanto de médio e longo prazo”.
Outro ponto importante, de acordo com os secretários, é a capacidade do sistema monitorar contratualmente os serviços prestados pelas unidades de saúde. “Se aquela unidade de saúde, que oferece serviços para o estado deixar de cumprir em algum momento o acordado, ou apresentar até mesmo por alguns dias um serviço que esteja abaixo da média contratada, por meio do monitoramento real o gestor pode agir imediatamente para forçar o aumento do serviço. O mesmo ocorre em casos de epidemias”, ressalta Oliveira.