Visando traçar novas estratégias para o enfrentamento das hepatites em Mato Grosso a Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica e do Programa Estadual de Hepatites Virais (PEHV), desenvolve ações casadas juntamente com os municípios do estado, dando apoio aos Centros de testagem e aconselhamento (CTAs), Unidades de Serviço de Atendimento Especializado e as Unidades de Dispensação de Medicamentos que são a base para o diagnóstico e o tratamento das hepatites.
Segundo dados da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, no ano de 2008 o Estado apresentou 384 casos confirmados do vírus tipo B, 84 pessoas com o vírus C e 13 casos onde foi confirmado pessoa com os dois tipos de vírus. Já em 2009 até a presente data foram registrados 148 casos de pessoas com o vírus de hepatite A, 285 com o vírus B e 79 com o vírus C, além de serem notificados 7 casos onde as pessoas apresentaram a confirmação dos dois tipos de vírus.
De acordo com a técnica do Programa Estadual de Hepatites Virais, Sandra Carolina Vilela Lima, o Estado realiza constantemente capacitações dos profissionais de saúde visando fortalecer a rede de atendimentos para pessoa com o vírus da hepatite.
Para dar início a um tratamento, primeiramente o paciente deve procurar uma Unidade Básica de Saúde e quando diagnosticado a doença o paciente é encaminhado para os serviços de maior complexidade para investigação, acompanhamento e tratamento de acordo com a tipologia do vírus. Os exames sorológicos para detectar o vírus das hepatites podem ser realizados nos laboratórios da rede básica dos municípios, sendo como referência no Estado o MT Laboratório.
A hepatite é a inflamação do fígado, e pode se desenvolver de várias formas, causando a destruição das células do órgão, ocasionando diversas consequências ao organismo. No Brasil, as maiores incidências são de hepatites A, B e C, que em fases mais avançadas, podem causar cirrose e câncer de fígado.
Para a prevenção da hepatite B já existe vacina disponível na rede básica de saúde. É ofertada de 0 a 20 anos. Já para grupo de riscos o Estado segue o manual do Centro de Referência de Imuno Especiais.
A hepatite B é transmitida por meio de contato sexual e por sangue contaminado. A hepatite C, além da transmissão pelo sangue também pode ser tem também pode ser transmitida entre pessoas que fazem uso de drogas injetáveis de forma compartilhada, usando a mesma seringa.
A transmissão da hepatite A, é oral/fecal, ocasionada pela falta de cuidados higiênicos ou ingestão de alimentos contaminados e água não filtrada. Crianças e adolescentes são mais propensos a contrair o vírus.