
A gestora explicou que para que seja realizada a investigação dos casos suspeitos e seja feita a confirmação do diagnóstico, é preciso que o hospital notifique a vigilância epidemiológica municipal e a Secretaria Municipal de Saúde, o que não ocorreu. “Fomos informados de que a médica infectologista pediatra da Santa Casa forneceu essas informações para o escritório regional de Saúde, que repassou os dados à SES sem o conhecimento do município e sem a assinatura da direção do hospital”.
Ela espera que o governo do Estado faça uma retratação das informações divulgadas. Apesar de não possuir casos confirmados, a secretária afirmou que já está sendo discutida a criação de um ambulatório para receber os casos suspeitos. “Tudo é possível diante do quadro nacional e, atendendo a uma nota técnica do Ministério da Saúde, havíamos marcado uma reunião para quarta-feira (2) onde a criação do ambulatório seria discutida”.
O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de microcefalia e a infecção causada pelo Zika vírus. O Instituto Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, em exames feitos em uma criança do Ceará que nasceu com microcefalia e outras doenças congênitas. Além do Zika, o mosquito também é transmissor da Dengue e do Chikungunya.
Para a secretária, a informação é mais um alerta para a população que ignora os cuidados para evitar a reprodução do Aedes aegypti. “Não adianta a administração municipal realizar campanhas, se quando o agente de saúde sai da casa, os moradores ignoram as recomendações”.


