quinta-feira, 25/abril/2024
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Secretaria está com força-tarefa para combater malária no extremo Norte

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A Secretaria de Estado de Saúde está realizando, durante os dias 20 a 22 de Junho, o II Encontro Estadual de Malária. Com o objetivo de planejar e aperfeiçoar ações de combate e controle da doença bem como analisar a eficácia das ações desenvolvidas até agora. O encontro foi aberto na segunda-feira, às oito horas da noite, e tem a parceria da Secretaria de Vigilância de Saúde e do Ministério da Saúde que mandou, para participar da abertura do evento, o chefe do Programa Nacional da Malária, Rui Moreira Braz.

Representando o secretário de Estado de Saúde, Marcos Henrique Machado, o secretário adjunto de Saúde, Antonio Augusto de Carvalho, lembrou a importância do combate e controle à malária. “A doença acomete, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, de 350 a 500 milhões de pessoas, em todo o mundo”, afirmou o adjunto. “Em Mato Grosso temos números mais modestos: em 2004 registramos 6.500 casos de malária e, até o término do primeiro semestre do ano 2005 tivemos, até agora, 3.500 registros da doença no Estado”.

O adjunto de Saúde condenou o uso indiscriminado e precipitado da borrifação, mais conhecida como “fumacê”, na luta pelo controle da malária. Explicando que ela tem sido criticada pela população pelos males que causa ao meio-ambiente, Antonio Augusto de Carvalho afirmou que “temos outros mecanismos, além do fumacê, que podem e devem ser usados no combate à malária”, recomendou. Ele externou a firme convicção de que “depois desses três dias de debates, sugestões e análises tenho a certeza de que sairemos daqui com um protocolo mato-grossense de como trata a malária no Estado”.

O diretor do Programa Nacional de Controle da Malaria, Rui Moreira Braz, ressaltou o efeito da malária a nível mundial. Confirmando os números apresentados pelo secretário adjunto de Saúde, Antonio Augusto de Carvalho, o representante do Ministério da Saúde anunciou que a doença provocou, em 2004, um milhão de mortes no Norte da África. “Uma característica indesejável da malária é que ela incapacita as pessoas produtivas que a contraem por um prazo de até cinco dias”, afirmou.

Moreira Braz afirmou que o fato de a doença deixar pessoas debilitadas, de cama, por até cinco dias chega a pesar até mesmo em decisões de expansão econômica como a instalação de novas empresas em um município ou Estado. “As grandes empresas relutam em se instalar em um local em que, por causa da malária, os empregados podem ficar até cinco dias de cama em recuperação da doença”, declarou.

RANKING – Rui Moreira Braz traçou um ranking da ação da malária no país, baseado em números do Ministério da Saúde. No topo da lista figuram os Estados de Amazonas, Pará e Rondônia, responsáveis por 73% de toda a ocorrência da malária no país. Em segundo lugar na lista aparecem os Estados do Acre, Amapá e Roraima, com 20,2% de registro de casos. Os Estados do Maranhão e Mato Grosso aparecem com 1,3 % de registro de casos enquanto Tocantins apresenta apenas 0,2% de ocorrência de malária em seu território.

Embora com uma colocação baixa no ranking nacional de registro de casos de malária Mato Grosso não tem descuidado do combate e controle da doença. No ano passado foram registrados 6.460 casos de malária no Estado. Em 2005 esse número caiu para 2.674 registros. Na região Noroeste do Estado, formada pelos municípios de Colniza, Juruena, Juína, e Aripuanã estão localizados 60% dos registros de casos sendo que Colniza concentra 33% desses registros.

Visando diminuir esses percentuais a Secretaria de Estado de Saúde está com uma força-tarefa na região, sendo que serão repassados, com recursos do Programa Nacional de Controle da Malária, veículos e motocicletas para ações a serem desenvolvidas nos municípios.

Estão sendo realizadas visitas aos municípios para agendar reuniões de sensibilização onde serão definidas as contrapartidas dos municípios, treinamento de Recursos Humanos para o diagnóstico laboratorial nas regiões de surto da doença, e reuniões na divisa dos municípios de Colniza (MT) e Machadinho do Oeste (RO). Essa reunião, da qual uma já foi realizada, em junho, contará com a participação dos secretários municipais de Saúde de ambos os municípios além de representantes estaduais de Rondônia e Mato Grosso.

No ano passado (2004) foram enviados a 21 municípios, de maior ocorrência da doença, em Mato Grosso, 20 veículos motorizados, 34 motocicletas, 62 bombas manuais, 33 bombas motorizadas (de uso costal).

PROGRAMA – A programação do II Encontro Estadual de Malária, hoje, constará de palestras sobre Epidemiologia da Malária em Mato Grosso (por Beatriz Alves de Castro), Ações Desenvolvidas pela Vigilância Ambiental no Controle da Malária (por Glaucie Pinheiro Cavalcante), Prevenção e Controle da Malária na Região Noroeste de MT (por Siriana Maria da Silva) e Perspectivas Atuais para o Controle da Malária (pelo médico da Secretaria de Vigilância em Saúde, Cór Jesus Fernandes Fontes), dentre outras.

Amanhã os prefeitos dos municípios de Colniza, Marcelândia, Novo Mundo e Santa Terezinha estarão discutindo a realidade da malária nos municípios que dirigem e buscando soluções para serem aplicadas localmente logo após a apresentação de um relatório do que a Secretaria de Estado de Saúde tem feito, durante 2004 e 2005, no controle e combate à doença. O encontro será encerrado às 16h30.

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