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Secretaria de Saúde de Sorriso intensifica campanha contra hanseníase

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Mato Grosso é o Estado que disputa o 1º lugar no mundo em casos de hanseníase, igualando-se com Índia em números de casos. Tendo em vista essa colocação negativa, a Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso realiza anualmente campanhas de combate e prevenção à hanseníase.

Neste período do ano, as campanhas têm sido intensificadas. De 11 a 22 deste mês, as 14 equipes de agentes comunitários de saúde estarão voltadas pra receber os pacientes com suspeitas da doença, para fazer a coleta do material e encaminhar para exame citológico.

Segundo a secretária Municipal de Saúde, Miriam Tereza Rocha, a estimativa de casos registrados no município está muito alta, só neste ano foram 67. Todos os pacientes estão em fase de tratamento. “Conforme o Ministério da Saúde, a média é de 1 caso para cada 10 mil habitantes. Aqui em Sorriso estamos com 13 casos para cada 10 mil habitantes”, disse ao Só Notícias.

Miriam informou, ainda, que 84 agentes e 28 médicos e enfermeiros foram capacitados para saber como fazer a identificação dos casos clínicos e a coleta do material para o exame. “Esses agentes e médicos também estarão instruindo as pessoas sobre o risco de contaminação de um doente para aquele que não tem a doença. Vamos estar auxiliando a população em como fazer o campo de imunização para não contrair a hanseníase, pois os familiares e amigos dos doentes são as pessoas que estão incluídas, em maior número, no grupo de risco, já que têm contato direto com os pacientes”, acrescenta.

Só Notícias apurou que a forma de prevenção da doença é a aplicação da vacina BCG, em duas doses, sendo uma a cada 6 meses. A doença tem cura e na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação.

A hanseníase é causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-Lázaro, mal da pele ou mal do sangue.

Não é uma doença hereditária. A forma de transmissão é pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera bacilo no ar e cria a possibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social. O contato deve ser íntimo e freqüente. A maioria das pessoas é resistente ao bacilo e, portanto, não adoece. De 7 doentes, apenas um oferece risco de contaminação. Das 8 pessoas que tiveram contato com o paciente com possibilidade de infecção, apenas 2 contraem a doença. Desses 2, um torna-se infectante.

Aparecimento de caroços ou inchaços no rosto, orelhas, cotovelos e mãos; entupimento constante no nariz, sangue e feridas; redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao tato; manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas e partes do corpo dormentes ou amortecidas, em especial em regiões cobertas, podem ser sinais da doença.

A hanseníase se apresenta, basicamente, de duas formas. O tratamento depende do tipo. Se for paucibacilar (com poucos bacilos), o tratamento é rápido, com uma dose mensal de remédios durante seis meses, além da ingestão de um comprimido diário; se for do tipo multibacilar (com muitos bacilos), o tempo para tratamento é mais longo, com 12 doses do medicamento, uma por mês, além de dois outros remédios diários durante dois anos.

O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos são distribuídos pela rede pública de saúde, gratuitamente.

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