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Saúde alerta para contágio de hepatite durante carnaval

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) continuará as orientações preconizadas pelo Plano Estadual para a Prevenção e o Controle das Hepatites, em 2008, na proteção à saúde da população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS). A proximidade dos festejos carnavalescos, no próximo mês, faz com que a SES passe orientar a população em geral para a tomada efetiva de medidas preventivas.

“Durante as festas do ‘reinado de Momo’, como as pessoas costumam chamar o carnaval, é apresentado um ambiente propício à manifestação das várias formas de Hepatites que ameaçam a saúdo dos carnavalescos.”, explicou a gerente interina de Imunopreveníveis, Selma Marques.

Dentre essas recomendações, Selma incluiu o sexo seguro, com uso de camisinhas, já que as Hepatites do tipo B e D são transmitidas especialmente por via sexual. Segundo ela, o vírus da Hepatite B é mais resistente do que o da AIDS. “É resistente ao calor e possui uma das vidas mais longas dentre os demais vírus: sobrevive fora do corpo humano por até um ano. No caso da Hepatite B pode-se recorrer à rede de saúde pública para tomar a vacina específica para esse tipo de manifestação da doença, em três doses”, alertou.

Outra manifestação que pode ser prevenível por vacina é a Hepatite A. Medidas de saneamento básico também são úteis para a prevenção desse vírus, já que a doença é transmitida por via fecal-oral, através de água e alimentos contaminados com o vírus. A maioria das infecções causadas pelo vírus A, da Hepatite, são agudas e o tratamento médico não elimina o vírus.

Por isso, os médicos recomendam lavar as mãos sempre que for ao banheiro e ou que for lidar com preparação de alimentos. Os médicos podem prescrever, também, medicamentos para combater os sintomas do corpo, como dor de cabeça, náuseas ou dar soro para prevenir a desidratação aos pacientes com sintomas da Hepatite A.

A Hepatite do tipo C é transmissível principalmente pelo sangue, inclusive o menstrual. Desde 1992 o sangue retirado para transfusões e outros usos passa por testes para ver se tem o vírus da Hepatite C, o que vem diminuindo muito a ocorrência desse tipo de doença.

A Hepatite do tipo E é transmissível também pela via fecal-oral, pelo uso de água e alimentos contaminados com o vírus. Como não tem vacina para esse tipo de vírus a principal forma de prevenção é a higiene: lavar sempre as mãos com sabão após usar o banheiro ou ao lidar com frutas e preparação de alimentos, tomar sempre água filtrada e, caso não houver filtro, ferver a água antes de beber.

Os primeiros sintomas da hepatite lembram os de uma gripe forte. A pessoa se sente cansada, meio tonta, com vontade de vomitar. Algumas pessoas têm febre. Dor na região do fígado também é outro sintoma comum. O corpo pode ficar amarelado, principalmente os olhos, a urina escura e as fezes brancas. Mas nem sempre aparece qualquer sintoma da doença.

Muitas pessoas pegam o vírus da hepatite B ou C e demoram anos para perceber que estão com algum problema. Só com exames de sangue detalhados é possível saber se a pessoa está ou não com hepatite. Por isso, ao perceber qualquer um desses sintomas, procure logo um Posto de Saúde.

A hepatite A não costuma trazer maiores complicações para o organismo, mas deixa a pessoa fraca e indisposta. Os primeiros sintomas aparecem mais ou menos 30 dias após a pessoa contrair o vírus.

A hepatite B pode levar anos até revelar o primeiro sintoma. Muitas vezes a cura se dá com o tempo, sem tratamento. Mas em algumas pessoas a doença fica escondida e causa sérios problemas no fígado, até mesmo câncer. Nesse caso a pessoa pode infectar outra sem perceber.

A hepatite C é parecida com a hepatite B. A diferença entre as duas é que a cura da C é muito mais complicada. Por isso deve-se procurar um médico o mais rápido possível assim que forem percebidos sintomas.

A hepatite D, também chamada hepatite Delta, só acontece na região de floresta amazônica. Só pega hepatite D quem já tem hepatite B. Ela é muito grave.

A hepatite E é muito parecida com a hepatite A. Também não traz maiores complicações para o corpo humano, mas deixa a pessoa fraca e indisposta. Costuma ser mais grave em gestantes. Mães com hepatites podem contaminar bebês ainda no ventre.

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