Os preços dos remédios ficarão até 5,68% mais caros a partir de abril. O reajuste foi autorizado nesta quinta- feira (27) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (Cmed) e passa a valer a partir de 31 de março. Em Mato Grosso, o aumento chegará às prateleiras na 2a quinzena de abril, entre os dias 15 e 20. Esse é o tempo provável para que o Caderno de Preços da ABCFarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico) esteja nas farmácias para que seja possível a consulta aos novos valores, de acordo com o presidente do Sindicato das Farmácias de Mato Grosso (Sincofarma/ MT), Ricardo Cristaldo.
“Até lá, as farmácias vão praticando o preço vigente. Como é um percentual pequeno, elas não têm pres-a”, diz Cristaldo, ressaltando que o reajuste poderá ser aplicado antes em determinados produtos com base no documento oficial do preço (nota fiscal de compra). As taxas máximas de reajuste nos preços de medicamentos regulados pelo governo variam conforme o produto.
Mesmo que o aumento seja pequeno, o reflexo no preço final será grande, na opinião da técnica em enfermagem Gecilda Dameceno Rocha, que trabalha com recém-nascido e idosos. Isso porque os produtos já são caros. “Uma caixa de remédio custa 80 reais”, diz lembrando que uma pessoa pode substituir ou reduzir alimentos, mas não tem como deixar de tomar remédio.
Segundo o presidente do Sincofarma, alguns remédios vão ter reajustes de 1% e outros de 3,38%. O menor percentual de aumento (1,02%) foi autorizado para os remédios com baixa concorrência, que somam mais de 40% do mercado. Já os medicamentos de alta concorrência poderão ser reajustados até 5,68%, mesmo percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses. Além da inflação do período, no cálculo são consideradas também a produtividade da indústria, a variação de custos dos insumos e a concorrência dentro do setor.