Diante do alto número de pessoas em Cuiabá que não retornaram aos polos de vacinação para tomar a segunda dose da vacina contra o coronavírus, o prefeito em exercício, José Roberto Stopa, estuda implantar na capital o ‘passaporte da vacina’. Atualmente, segundo o gestor, 57 mil estão atrasadas com a imunização.
“É um número muito alto, que nos preocupa, pois precisamos que o máximo de pessoas possível complete o esquema vacinal, para não corrermos o risco de um novo aumento de casos de covid na capital. Caso esta situação não mude, será necessário tomarmos uma medida mais drástica, como a implantação do passaporte da vacina para a entrada em locais diversos, como bares, restaurantes, repartições públicas e em eventos em geral”, revelou o prefeito.
Os dados apontam que mais de 18,3 mil pessoas estão com a segunda dose de Astrazeneca atrasada e o grupo de 30 a 39 anos é o ‘líder’. No caso da Coronavac, são cerca de 9,8 mil com o processo de imunização atrasado, sendo que o grupo de 18 a 30 anos é o mais faltoso. Em relação à Pfizer, são mais de 28,8 mil moradores que não tomaram a segunda dose, na sua maioria entre 26 e 40 anos.
A professora de Infectologia da Universidade Federal de Mato Grosso e do Hospital Universitário Júlio Muller, Marcia Hueb, reforça a importância da população completar o esquema vacinal. Segundo ela, além de estar completamente imunizada, a pessoa ainda contribui para o planejamento de revacinação a ser feito pelo poder público em 2021 e 2022.
“Para isso é preciso que tenhamos primeiro a população em sua grande maioria completamente imunizada. Entre as armas que temos para enfrentar essa pandemia, a vacina é a mais eficaz. Além disso, temos o uso da máscara e o isolamento social. Se nós quisermos não ter mais o isolamento e não usar mais a máscara definitivamente, temos que estar vacinados, para atingirmos esse ideal do controle. Estar completamente imunizado é maneira que temos de nos protegermos e também de sermos solidários com os outros”, disse Hueb.