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Pesquisa nas duas maiores cidades de MT mostra que arroz com feijão ainda é a base da alimentação em todas classes sociais

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Uma pesquisa realizada em Cuiabá e Várzea Grande mostra que o consumo médio diário de arroz por pessoas é de 75 gramas – um total de 55 quilos por ano –, e o de feijão é de 31 gramas diários, totalizando 23 quilos ao ano, em refeições feitas em casa. Rico em proteínas, carboidrato, vitaminas e minerais, o arroz com feijão continua sendo o prato preferido da população – especialmente o arroz polido e o feijão carioca. O analista da Embrapa Carlos Magri explicou que o objetivo da pesquisa foi identificar os hábitos dos consumidores, o que servirá de base para campanhas nacionais de incentivo ao consumo do arroz e do feijão. “Pretendemos mostrar os aspectos nutricionais e funcionais dessa dieta que faz bem para a saúde”, afirma.

A pesquisa traçou um perfil dos consumidores, explorando aspectos como modo de preparo, importância da marca, preço, selo de qualidade. Mais de 90% dos entrevistados acham o arroz de fácil preparo, sendo que a maioria dos entrevistados (96,7%) evita o congelamento. Já o hábito de congelar o feijão é mais comum, adotado por 68,9%.

“Em todas as classes sociais, o arroz com feijão ainda é a base da alimentação. O desafio é manter isso, com tantas tentativas recentes de desqualificar os valores nutricionais desse tradicional prato brasileiro”, acrescenta o analista. Mesmo com informações desencontradas envolvendo dietas com arroz e feijão, a maior parcela da população – cerca de 75% – se mantém fiel à combinação e acredita que o arroz com feijão não pode ser substituídos por outros alimentos nas principais refeições.

Do ponto de vista nutricional, a combinação é considerada equilibrada. E mais: consumir o arroz e feijão combinados traz mais benefícios à saúde do que cada um em separado. A proporção recomendada é de uma parte de feijão para duas de arroz, o que está bem próximo do consumo verificado em Cuiabá e Várzea Grande.

Para o presidente do Sindarroz Mato Grosso, Lázaro Modesto, umas das preocupações do sindicato é com relação às informações desencontradas que circulam desestimulando o consumo de arroz e feijão. “Em busca da perda de peso, há quem acredite que é imprescindível cortar o arroz e o feijão. Isso é uma pena e um risco, pois esse prato faz bem à saúde, tem baixo custo e é de fácil preparo. O que interfere no ganho de peso é o modo de preparo, com excesso de gordura, e as quantidades. Mas substituir o bom e velho arroz com feijão por macarrão, congelados, lanches ou fast-food é uma das maiores perdas culturais que o brasileiro pode enfrentar, com consequências ruins até mesmo em termos de saúde pública”, defende.

Em Mato Grosso, ao longo dos últimos anos, o Sindarroz vem desenvolvendo um trabalho que resultou na melhoria do arroz produzido no estado. “Aproximadamente 90% do arroz consumido pela população de Mato Grosso é produzido e beneficiado dentro do próprio Estado. Agora, nossa meta é comercializar o excedente da produção, afirma, Modesto, acrescentando ainda que Mato Grosso é o único estado do país que tem uma marca coletiva para o arroz, o que é um reforço importante para a indústria mato-grossense na conquista de novos mercados, informa a assessoria da Fiemt.

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