A Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Regional de Sorriso, que atende moradores de 11 cidades da região Norte, não está funcionando por falta de médico intensivista, cuja função é liderar a equipe multidisciplinar no atendimento aos pacientes graves. Desde o final de junho, que o hospital está sem profissional para área intensivista. As atividades estavam sendo desenvolvidas pelo médico Jardel Meiner, que faleceu.
A direção do hospital e o corpo clínico se reuniram, esta semana, e decidiram que “sem a presença de um médico intensivista” a UTI não estará funcionando. A falta de um profissional especializado já foi comunicada para a Secretaria Estadual de Saúde. Ainda não foi confirmado se há previsão de designar um profissional para o Hospital Regional de Sorriso. A decisão foi de suspender as atividades na UTI por tempo indeterminado.
A diretora Rejane Joana Potrich Zen explicou, ao Só Notícias, que a medida foi acertada visando garantir a segurança dos próprios pacientes. Isto porque mesmo com clínicos gerais, neurologistas e cardiologistas trabalhando também na UTI, não há um intensivista para responder pela área. “Não queremos colocar os participantes em risco, não é justo”, declarou.
Rejane acrescenta ainda que há a dificuldade em encontrar intensivistas para ocupar a vaga deixada. “Não estamos conseguindo trazer um profissional. Temos centrado esforços, fizemos contatos com outras regiões do país e não há interesse por parte destes médicos, que preferem ficar em cidades grandes pela infra-etrutura que possuem e por melhores salários. Vindo para cá, precisam de uma proposta satisfatória”, reforçou a responsável.
Pacientes antes encaminhados à Unidade de Tratamento Intensivo em Sorriso estão sendo remanejados para outras cidades de Mato Grosso, conforme a disponibilidade de vagas apurada pela central reguladora.
No Norão há leitos de UTI em Sinop (Hospital Santo Antonio) e em Colíder (Hospital Regional).
O Hospital Regional de Sorriso atende pelo SUS e em sistema de consórcio os moradores das cidades de Sorriso, Sinop, Vera, Lucas do Rio Verde, Santa Carmem, Nova Ubiratã, Tapurah, dentre outras, que são encaminhadas pelas secretarias municipais de Saúde. Conta atualmente com 46 médicos. O número é insuficiente devido a grande demanda gerada. Além de se revezarem em plantões, cobrem ainda o trabalho de pelo menos outros 18 profissionais, não presentes no quadro.
(Atualizada às 10h50 de 03/08)