A Secretaria Estadual de Saúde (SES) deve divulgar ainda hoje, o resultado da análise laboratorial de um cortador de cana, morador do município de São José dos Quatro Marcos, que morreu no sábado, com suspeita de febre amarela, dengue ou hepatite. A médica que o atendeu percebeu que o cortador tinha os sintomas de três pessoas que contraíram febre amarela em 2003. Dois deles morreram no mesmo ano. A família do paciente não soube informar se ele havia sido vacinado ou não contra a febre amarela.
De acordo com informações da assessoria da SES, o homem já tinha um quadro de hepatite e este seria o principal motivo da morte, já que o paciente tinha o histórico da doença, e não a febre amarela. O caso de dengue não está descartado porque quem contrai hepatite, a dengue é mais grave.
O diretor do Hospital Regional de Cáceres, José Esteves de Souza Júnior, informou que o paciente deu entrada na unidade de saúde no dia 24 de janeiro. No sábado ele foi transferido para o Hospital São Luiz para uma sessão de hemodiálise, mas não suportou o procedimento.
O diretor do Pólo Regional de Saúde em Cáceres, Haroldo Luiz Marques, informou que as equipes de vigilâncias Epidemiológica e Vigilância e Ambiental executam o bloqueio em toda área em que o cortador de cana morava e trabalhava. A intenção é realizar a pesquisa de epizootia e verificar se havia macacos nas redondezas.
Caso seja confirmado o caso de febre amarela, o diretor do pólo de saúde descarta a vacinação em massa da população, já que o principal foco de atenção é a vacina da população em região de fronteira com a Bolívia.
Segundo SES, o procedimento de investigação epidemiológica por febre amarela é rotineira em áreas endêmicas como Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis e Barra do Garças e não significa que esta seja o principal motivo da morte do cortador de cana.