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Médicos de Várzea Grande decidem paralisar serviços

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O Sindicato dos Médicos reuniu-se ontem com o prefeito Murilo Domingos e todo o seu secretariado da área de Saúde. Na ocasião, o prefeito apresentou uma contra-proposta à reivindicação de piso salarial que vem sendo negociada pela categoria deste o dia 19 de março. Pela proposta, os médicos que recebem atualmente R$ 1.002,00 de piso por um jornada de 24 horas semanais passariam a ganhar R$ 2.004,00, a partir de janeiro de 2010. A reivindicação da categoria é que a prefeitura adote o piso nacional de R$ 8.239,24.
 
A proposta foi levada pela comissão de negociação à assembleia geral dos médicos de Várzea Grande que aconteceu, à noite, no refeitório do Pronto Socorro Municipal e foi rejeitada por unanimidade. Os médicos decidiram, também, por paralisação, seguindo o exemplo de Cuiabá, a partir do próximo dia 15, cumprindo, conforme a lei os atendimentos mínimos de urgência e emergência.
 
O presidente do Sindicato, o médico Luiz Carlos Alvarenga, avalia que o processo de negociação com a prefeitura de Várzea Grande, ao contrário do que acontece em Cuiabá, tem se processado de forma mais democrática. “O prefeito Murilo Domingos sempre nos recebeu com a atenção devida e não fez nenhuma ameaça à categoria, por isso acreditamos no prosseguimento do diálogo e na resolução satisfatória para o movimento.”
 
Os médicos, que lotaram o Pronto Socorro ontem, aguardam uma nova proposta da prefeitura. O sindicato protocoliza hoje, oficialmente, as decisões da assembléia. O presidente do sindicato, Luiz Carlos Alvarenga, rebateu declarações do médico Jorge Lafetá, diretor da Fundação de Saúde de Várzea Grande à imprensa, segundo a qual a decisão dos médicos foi “uma ducha de água fria”. Alvarenga entende que o que foi ofertado ainda está longe do que é reivindicado para que os médicos possam dispor das condições mínimas para  sobrevivência dele e de sua família. “Temos certeza que o médico Lafetá, que não recebe só o piso salarial, falou sem refletir e, ao longo das negociações, haverá de rever seu posicionamento. Mesmo porque, diante do calor que se tem na grande Cuiabá, ducha fria tem um significado positivo, ao contrário do que tenta fazer crer,  e o movimento dos médicos tem sempre a preocupação de atuar positivamente”, disse Alvarenga.

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