terça-feira, 23/abril/2024
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Governo e UFMT iniciam pesquisa sobre carência de vitamina A em crianças

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza a pesquisa “Vigilância de Carências Nutricionais em pré-escolares no município de Cuiabá”. O estudo por amostragem está na fase de identificação dos domicílios selecionados aleatoriamente e irá atingir 702 crianças menores de cinco anos. “Trata-se do primeiro mapeamento de hipovitaminose “A” na população cuiabana para melhor direcionamento das ações de intervenção, prevenção e controle de carências nutricionais por micronutrientes”, disse a gerente de Promoção e Prevenção das Ações de Assistência à Saúde (GEPPAS) da Ses, Maria da Penha Ferrer de Francesco Campos. O valor do projeto é de aproximadamente R$ 50 mil, oriundos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat).

De acordo com a coordenadora do projeto, Gláubia Rocha Barbosa Relvas, no Brasil são poucas pesquisas com representatividade nacional que avaliam a carência de ferro e vitamina “A” na população, mas os estudos localizados apontam para alta prevalência, principalmente, entre as crianças. “Está para ser lançado pelo Ministério da Saúde um programa nacional de suplementação de ferro e vitamina ‘A’, por isso a importância de um primeiro mapeamento da situação dessas carências nutricionais no município de Cuiabá”. A intenção é expandir o estudo para todo o Estado nos próximos anos.

Conforme Gláubia Rocha, as mães das crianças serão entrevistadas em seus domicílios para análise dos fatores de riscos da carência nutricional. Já para determinação dos níveis de hemoglobina e retinol (vitamina ‘A’ de origem animal), serão coletados, na unidade de saúde mais próxima, 2,0mL de amostra de sangue da criança, sendo que uma gota do sangue servirá para análise de hemoglobina e o restante será usado para análise laboratorial de retinol e ferritina (proteína globular). “As crianças diagnosticadas como anêmicas, deficientes em ferro ou com hipovitaminose ‘A’ serão encaminhadas para tratamento na rede pública de saúde”, informou.

Maria da Penha explica que a hipovitaminose “A” nada mais é que a deficiência de vitamina “A”, uma doença nutricional grave e uma das causas mais freqüente de cegueira prevenível entre crianças, além de contribuir para o aumento das mortes e doenças infecciosas na infância. Especialistas afirmam que entre a população infantil com deficiência desta vitamina, um programa de intervenção pode reduzir o risco de mortalidade por infecções de 19 a 54%. “No Brasil, o controle das deficiências de vitaminas e minerais é prioridade em saúde pública”, comentou.

A falta da vitamina “A” também provoca a queratose (pele seca, áspera e descamada) e pode levar à xeroftalmia, cuja forma clínica mais precoce é a cegueira noturna por meio da qual a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes pouco iluminados. Uma das manifestações mais acentuadas da xeroftalmia é a mancha de Bitot (machas brancas), sendo que o problema pode levar a cegueira total e irreversível.

Essencial para o crescimento e desenvolvimento do ser humano, a vitamina “A” é encontrada em alimentos de origem animal (vísceras, fígado), gemas de ovos, leite integral e seus derivados (manteiga e queijo), nos vegetais (sob a forma de carotenóides), frutas e legumes amarelos e alaranjados como a manga, mamão, abóbora, couve, acelga, cenoura, entre outros.

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