O Governo do Estado admitiu a necessidade de uma ação conjunta específica entre as Secretarias de Estado de Saúde e de Desenvolvimento Rural (ex-Agricultura) para aumentar o nível de qualidade das saúdes animal, vegetal e humana em Mato Grosso. O reconhecimento foi feito pelo secretário Marcos Machado – da primeira pasta – em encontro ocorrido na manhã de hoje com o deputado Zeca D’Ávila (PFL), no Palácio Paiaguás.
O secretário também lamentou não ter participado da 10ª Reunião do Comitê Hemisférico para a Erradicação da febre Aftosa (Cohefa 10); da 4ª Reunião da Comissão Panamericana de Inocuidade dos Alimentos (Copaia 4); e a 14ª Reunião Interamericana Ministerial de Saúde e Agricultura (Rimsa XIV), realizadas no México entre os dias 19 e 22 de abril último, e demonstrou interesse em participar dos próximos encontros.
Os eventos são realizados periodicamente para apresentação de resultados obtidos, atualização das ações e discussões de estratégias para o aprimoramento de técnicas e produtos destinados à prevenção e ao combate da raiva.
“Por tudo o que tomei conhecimento, agora, esses encontros são importantes para a melhoria da qualidade do nosso meio ambiente e da vida do cidadão,e devem ser aproveitados ao máximo”, disse Machado ao receber de Zeca D’Ávila CDs e vários livros e revistas com farta literatura sobre o tema.
Para o deputado, o reconhecimento da importância de sua proposta por setores do governo – notadamente a Secretaria de Saúde – é um passo importante para o incremento de ações que vêm sendo apresentadas e discutidas nesses encontros internacionais. “Agora, devemos unir forças e atuar sempre com o propósito de resgatar ao máximo as experiências e as orientações para um combate mais eficaz desses problemas e o aprimoramento das nossas ações”, completou Zeca.
Na Rimsa XIV, um dado estatístico colocou em alerta as autoridades – principalmente dos países com alguma predominância da atividade pecuária. Especialistas garantiram que cerca de 70% das doenças humanas – surgidas em todo o mundo – são originadas de animais domésticos, silvestres e de criação (bovinos, eqüinos e caprinos, entre outros).
A sugestão do parlamentar pefelista é que o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e a Vigilância Sanitária sejam alguns dos setores de ponta e o trabalho englobe o campo e a cidade. A raiva animal é mais comumente originada do cão e do morcego hematófago. Ele disse, ainda, que Brasil e Mato Grosso desenvolvem um bom trabalho no combate à raiva animal e, por isso, não temos surtos dessa doença. Entretanto, é necessário ampliar mais o leque de combate ao problema e o Indea é o órgão-chave, e já atua bem nesse campo.
Zeca quer o aumento do controle e vacinação contra a raiva animal em todo o Estado, especialmente com manutenção permanente da vigilância na fronteira Brasil-Bolívia (o país vizinho enfrenta problemas crônicos com a raiva animal); controle do morcego transmissor da raiva; e atenção máxima voltada para a qualidade dos alimentos, principalmente dos produzidos e vendidos no comércio ambulante.