No período chuvoso, a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, aumenta os riscos da ocorrência de casos da doença, inclusive, em suas formas mais graves. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde (Ses) pede à população para que redobre a atenção, adotando atitudes que possam eliminar os criadouros do mosquito.
“O controle da dengue exige uma ação ampla, envolvendo diversas áreas e a soma de esforços do poder público, da sociedade civil organizada e da população. O Estado continua monitorando os 141 municípios e alertando para que redobrem as ações de vigilância e de prevenção à doença”, disse o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental da Ses, Oberdan Ferreira Coutinho Lira.
Oberdan Lira explica que todo cidadão deve adotar medidas que possam evitar a proliferação do mosquito. “Tampar os depósitos de água, evitar água limpa e parada em recipientes como garrafas, pneus e tambores, além de fazer a destinação correta do lixo doméstico, são algumas atitudes que as pessoas devem tomar e que vão contribuir para a redução da infestação do mosquito e, conseqüentemente, a transmissão da doença”, afirmou.
Segundo o coordenador, devido a intensificação das chuvas, o Estado registrou um aumento de 9.89% no número de casos notificados da doença nos três primeiros meses deste ano se comparado ao mesmo período de 2005. No primeiro trimestre de 2006, foram 4.819 casos notificados contra 4.360 no ano passado. Neste ano, já são 2.435 confirmados. “Com o aumento das chuvas já era esperado um incremento no número de casos da doença. O que se faz necessário é intensificar as ações de prevenção e combate ao vetor da dengue, o que vêm sendo realizado pelos municípios mato-grossenses com apoio técnico da Secretaria Estadual de Saúde”, afirmou.
No Estado, o Plano de Contingência para o Controle da Dengue está em execução desde outubro de 2005. A Ses disponibilizou equipamentos para controle do mosquito em 70 municípios do Estado, capacitou médicos para diagnóstico e tratamento de casos de dengue grave e as equipes de Programa de Agente Comunitário de Saúde (PACS) e do Programa de Saúde da Família (PSF), para a realização da vigilância ambiental e controle da doença.
Não existe vacina contra a dengue. Por isso, a prevenção é a única forma de evitar a doença. Os sintomas mais comuns são: febre, náuseas, vômitos, dor nos olhos, falta de apetite, dores no corpo, principalmente nos músculos e nas articulações e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo.
No caso da febre hemorrágica da dengue (FHD), os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum. A diferença é que surgem sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos e a pessoa, além de sentir fortes dores no abdômen, alterna sonolência com agitação. “Toda pessoa que apresentar sintomas da doença deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para obter orientação médica”, alertou Oberdan Lira. A pessoa com dengue deve beber muito liquido e não deve se automedicar.