Inaugurado há 8 anos, o Hospital do Câncer de Mato Grosso é uma instituição filantrópica que atende cerca de 3.000 pessoas por mês e precisa da ajuda de todos para continuar funcionando. Por isso, além de parcerias com a iniciativa privada, o hospital precisa de doações. Como doar é a informação presente nos cartões telefônicos da Brasil Telecom que serão lançados nesta quinta-feira, durante um chá beneficente, às 17h, no Hospital do Câncer.
Aproximadamente 100 mil cartões telefônicos entrarão em circulação neste mês divulgando em todo o Estado o número da conta bancária do hospital para doações e o número para contato 0800 703 41 44.
Criado pela Associação Mato-grossense de Combate ao Câncer (AMCC), o hospital oferece aos pacientes de Mato Grosso e regiões vizinhas, como Rondônia, Acre, Pará, incluindo países como Bolívia e Paraguai, todo o tipo de tratamento oncológico, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Para realizar estes atendimentos de alto custo, o hospital depende da colaboração de parceiros, voluntários e doadores em geral. Somente a conta de energia elétrica do HC custa, em média, R$ 34 mil. E, como 99% dos atendimentos são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a disparidade entre o que é gasto com os tratamentos e o que é repassado pelo governo deixa sempre um saldo negativo.
Para se ter idéia, o SUS repassou ao hospital, aproximadamente, R$ 6 mil pela internação de uma paciente com câncer de colo de útero sem chances de cura. Por cerca de 60 dias, a paciente recebeu o tratamento paliativo, com medicação, atendimento médico e a atenção necessária até o seu falecimento. O exemplo pode ser chamado de internação social, uma vez que as despesas, neste caso, ultrapassaram os R$ 13. 600,00.
O presidente do Hospital do Câncer, Dr. Rogério Leite, explica as principais dificuldades que o hospital enfrenta atualmente. “Nós já temos vários equipamentos que precisam ser trocados por uso, temos a dificuldade também em manter-se na frente em questão de tecnologia e na manutenção do dia-a-dia do hospital”.
“A Brasil Telecom compreende a importância dos atendimentos que a instituição realiza e entendeu que o lançamento do cartão telefônico seria uma forma de incentivar as doações para o hospital”, disse o diretor da Brasil Telecom em Mato Grosso, Wagner Oliveira Gomes, sobre essa parceria fechada com o Hospital do Câncer.
Números do HC:
A cada mês, o Hospital do Câncer de Mato Grosso realiza, aproximadamente, 1.400 consultas médicas, 300 internações e outras 300 cirurgias, além dos atendimentos nos setores de psicologia, exames laboratoriais, endoscopia e radiologia, banco de sangue, quimioterapia, radioterapia, refeitório, entre outros. A infra-estrutura do hospital conta com 85 leitos cadastrados, divididos entre enfermarias de clínica médica, clínica cirúrgica, pediátrica e UTI.
O SUS paga R$ 7,50 para cada consulta médica. O valor ainda é dividido entre o profissional e o hospital. Uma cirurgia simples, com dois dias de internação gera mais de R$ 600,00 de despesas. No entanto, o repasse feito pelo governo, em geral, não cobre nem um terço deste valor.
Parceria:
Em um outro momento, a Brasil Telecom e a secretaria estadual de Emprego, Trabalho e Cidadania viabilizaram o projeto de Inclusão Digital do Hospital do Câncer através de quatro computadores com acesso à Internet que ficam à disposição das crianças e adolescentes na brinquedoteca do hospital.
Outro parceiro do hospital, a Rede Cemat realiza a arrecadação da contribuição financeira feita pela população através de doações nas faturas de energia elétrica. As doações são responsáveis pelo pagamento da conta de energia do hospital.
Os grupos voluntários que trabalham no HC também são parceiros importantes. Atualmente o hospital conta com o apoio da Rede Feminina de Combate ao Câncer, grupo Avogas (Associação de Voluntários Giorgio de Almeida Souza), AACC-MT (Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso), grupo Girassol da Alegria e o Gasjud (Grupo de Ação Social do Judiciário).
Com pessoas dedicadas, os voluntários trabalham diretamente com crianças e adolescentes promovendo festas e momentos de descontração, além de providenciarem kits higiênicos, sacolões com alimentação especial, casa de apoio, entre outros.