sexta-feira, 3/maio/2024
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Dezoito municípios são considerados de risco em Mato Grosso

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A Resolução do Ministério da Saúde publicada no dia 27 deste mês torna obrigatória a realização de levantamento entomológico de infestação por Aedes aegypti em todos os municípios do país. Em Mato Grosso, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) este tipo de levantamento já é feito mesmo antes dessa obrigatoriedade.

A coordenadora de vigilância em saúde ambiental, Ludmila Sophia de Souza, diz que o estado é considerado como de risco, já que o clima quente e chuvas intensas favorecem a proliferação do mosquito aedes aegypti. Desta forma, o levantamento precisa ser feito com muito rigor.

A coordenadora explica que a orientação para os municípios que apresentam mais de 2 mil imóveis é fazer 6 levantamentos rápido de índice de infestação (Lira) por ano. Já as cidades que tem menos de 2 mil imóveis precisam fazer o levantamento de índice amostral (Lia).

Atualmente 18 municípios do estado são considerados de risco pelo Ministério da Saúde, que apresentam índice superou a 3,9% de infestação. Já 48 cidades estão em situação de alerta, onde o índice varia de 1% a 3,9%. Com a obrigatoriedade a partir de agora, o estado terá maior precisão dos dados sobre todos os municípios, relata Ludmila. Ela destaca que 26 cidades estão classificadas como satisfatórias porque se enquadram o índice de menos de 1% de infestação. Os municípios que mais chamam a atenção da SES são: Cuiabá, Várzea Grande, Alto Taquari, Lambari do Oeste, Mirassol do Oeste, Araputanga, Pontes e Lacerda, Campo Novo do Parecis, Santo Afonso e Tangará da Serra.

Para ajudar no combate ao mosquito, nas cidades mais críticas, a secretaria de saúde disponibilizou equipamentos como a bomba motorizada para fazer o controle químico, também é oferecido o larvicida que é colocado principalmente em caixas d’água.

A coordenadora ressalta que os mutirões de limpeza em nos bairros é fundamental para eliminar todos os possíveis criadouros. Os dados obtidos durante o Lira apontam que lixos onde se encontram mais larvas do mosquito.

“O processo de proliferação é muito rápido, por isto não dá para brincar. Não dá para dizer qual doença preocupa mais, a cada dois anos o vírus da dengue sofre mutação, a pessoa que contrair pode desenvolver para hemorrágica e levar a morte, principalmente em crianças pequenas que ainda não tiveram a doença. A zika chama a atenção por causa da microcefalia e a chikungunya por deixar sequelas graves”.

Segundo a coordenadora da vigilância epidemiológica do estado, Flávia Guimarães, até o dia 21 de janeiro deste ano, último dado atualizado, foram notificados 439 casos de dengue, 4 de c chikungunya e zika não foi possível registrar por causa de problemas no sistema.

Em 2016, neste mesmo período do ano, foram notificados 4.098 casos de dengue, 3.798 de zika e 139 de chikungunya. A redução nos casos de dengue foi de 89%. Flávia explica que as ações de prevenção que foram desenvolvidas a longo prazo em todo o estado.

De acordo com a publicação, a decisão foi tomada levando em consideração os diversos condicionantes que permitem a manutenção de criadouros do mosquito, a circulação de quatro sorotipos da dengue no país e a existência de grande contingente populacional exposto previamente a infecções pelo vírus, aumentando o risco para ocorrência de epidemias com formas graves da doença e elevado número de óbitos.

A pasta também considerou a identificação de casos de febre chikungunya, com transmissão autóctone comprovada em alguns municípios e risco iminente de expansão, além do surto do vírus Zika e sua rápida dispersão para todas as regiões do país, provocando epidemias importantes acompanhadas de graves manifestações neurológicas em adultos e recém-nascidos.

Ainda segundo o ministério, levantamentos de índices de infestação devem ser utilizados como ferramenta para direcionamento e qualificação das ações de prevenção e controle do mosquito. A proposta é que municípios infestados com mais de 2 mil imóveis realizem o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA), enquanto as cidades infestadas com menos de 2 mil imóveis terão de fazer o Levantamento de Índice Amostral.

Já localidades onde não há infestação deverão realizar monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa (armadilhas que identificam a presença de mosquitos na região) ou outra metodologia validada. As informações geradas após cada levantamento realizado deverão ser consolidadas pelas secretarias estaduais de saúde e enviadas ao ministério. A resolução começou a vigorar na sexta-feira (27).

Em 2016, das 3.704 cidades aptas a participar do LIRA, 2.284 integraram a edição – o equivalente a 62,6% do total. Os dados mostram que, até novembro do ano passado, pelo menos 885 municípios brasileiros estavam em situação de alerta ou de risco de surto para dengue, Zika e chikungunya. O número representa 37,4% das cidades pesquisadas.

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