O secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro, prestou esclarecimentos, hoje, sobre a Execução Orçamentária da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do 3º Trimestre de 2008, na Assembléia Legislativa. “Durante o ano, de acordo com a evolução das despesas por unidade orçamentária da Saúde do Estado, o Orçamento da Saúde iniciou com o total de R$ 649 milhões e atualmente está em R$ 748 milhões.
Augustinho Moro informou que o Estado aplicou, no ano de 2007, os 12.80% constitucionais do orçamento do Estado e que no ano de 2008 essa aplicação deve se repetir, cumprindo assim o que prevê a Constituição.
Para o atendimento da política de Assistência Farmacêutica onde 19.990 usuários estão cadastrados para o fornecimento de medicamentos excepcionais previstos em Portaria Ministerial e Estadual estão previstos gastos na ordem de R$ 35 milhões/ano. O Estado registrou também 706 pacientes que foram atendidos por força de Liminar.
Já quanto aos indicadores de Saúde Augustinho Moro apresentou resultados positivos e também indicadores que se apresentam como um desafio para o Estado. A exemplo de resultado positivo houve uma redução do coeficiente de Mortalidade Infantil onde o ano de 2006 apresentou 16.06, caindo para 15.20 em 2007, para cada 100 mil nascidos vivos.
Já a exemplo da Dengue ocorreu redução de casos notificados. No ano de 2007, de Janeiro a Outubro, o Estado notificou 18.465 de Dengue. No mesmo período, no ano de 2008, foram notificados 10.896 casos, o que representa uma redução de 41%.
O Estado vem atingindo, também, cobertura vacinal acima da média preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. No caso da BCG, Febre Amarela, Hepatite B, Gripe do Idoso, Poliomielite e Tríplice Viral, que a cobertura chegou ao patamar de 98 e 100%.
Os indicadores que apresentam desafio para o Estado são os casos de Hantavirose. No ano de 2005 o Estado apontou 11 casos, com 04 óbitos e 09 curas, dando um percentual de letalidade de 36,4%. No ano de 2006 o Estado registrou 49 casos, com 19 óbitos, 30 curas, com letalidade de 38,8%. No ano de 2007 foram registrados 25 casos confirmados, 09 óbitos, 16 curas e 36% de letalidade.
“A preocupação com 2008 é quanto ao aumento da letalidade. O Estado se organizou no enfrentamento da Hantavirose, implantou protocolos clínicos na busca da cura da doença e buscou ajuda junto ao Ministério da Saúde e à Fiocruz, onde hoje são realizadas pesquisas na região Médio Norte do Estado onde os casos ocorrem com maior incidência. Conseguimos diminuir o número de pessoas contaminadas porém a letalidade foi maior. Em 2008 houveram 7 casos confirmados, 4 óbitos e 3 curas, com letalidade de 57.1%. O Estado está estudando junto com o Ministério da Saúde o comportamento desses indicadores pela redução da letalidade, além dos desafios de se reduzir incidências de Hanseníase, Leishmaniose e Tuberculose”, disse o secretário.
Outra preocupação é quanto aos casos de Tuberculose. Os dados parciais até o momento, no ano de 2008, indicam 900 casos novos registrados. A taxa de abandono ao tratamento é de 13.1%. A cura está em 66.2%. Óbitos estão em torno de 2% dos 900 casos registrados. O Ministério da Saúde preconiza uma taxa de cura de 85% dos casos novos. Mato Grosso está hoje com índice de 72.1%. O desafio é aumentar esse índice de cura.
Augustinho Moro pontuou como avanços nos investimentos de Saúde a instalação de serviços no interior do Estado, exemplificando a descentralização da oncologia que hoje é ofertada em Rondonópolis, Sinop e Cáceres. O tratamento renal substitutivo foi instalado recentemente no município de Tangará da Serra e também e ofertado em Sinop e Rondonópolis.
O Estado ampliou a oferta de leitos de UTI no ano de 2008, onde o Hospital Regional de Colíder teve instalado 8 UTIs adultos e 5 Neonatal recentemente e Rondonópolis, na semana que passou, ganhou 10 leitos de UTI Neonatal.