O garoto J. G. O. J., de oito anos, morreu na tarde de sexta-feira, após dar entrada no Pronto Atendimento Municipal Infantil (PA Infantil), anexo ao Hospital Regional de Rondonópolis. Ele era morador do bairro Jardim Liberdade. Conforme informações do jornal A Tribuna, o menino havia sido levado ao PA Infantil ainda na terça-feira, (12), mas como os exames não acusaram gravidade, ele foi liberado.
Segundo o secretário de Saúde, Valdecir Feltrin, na quinta-feira, o garoto teve vômito, mas permaneceu em casa. Já, na sexta, após o almoço, a mãe o levou ao PSF do Monte Líbano, onde uma médica constatou que a criança estava em estado de choque, sendo levada para o PA Infantil novamente, onde uma equipe tentou reanimá-lo, chegando a entubá-lo, mas o menino não resistiu.
Valdecir disse que o garoto deveria ter sido removido para o Hospital Regional, devido à complexidade do caso. Porém, de acordo com ele, o HR não podia atender por falta de pediatra, já que a unidade não tem fechado uma escala contínua desse tipo de profissional. Segundo A Tribuna, o secretário criticou a postura do Estado em insistir que o PA Infantil seja referência de alta complexidade na área pediátrica. "O Regional está entendendo assim, mas a referência [de alta complexidade] são eles", avaliou, observando que o PA Infantil é referência apenas para baixa complexidade.
Esse foi o segundo caso da semana envolvendo crianças em Rondonópolis. Na segunda, a bebê Fernanda Eduarda Teixeira Rodrigues, de seis meses, também faleceu vítima de dengue hemorrágica. De acordo com a família, Fernanda estava internada na UTI da Santa Casa desde o dia 9. A menina passou mal no dia 4, foi encaminhada a um hospital particular. Dois dias depois o quadro de saúde piorou e ela foi novamente levada para cuidados médicos.