sexta-feira, 29/março/2024
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Caramujos africanos de Colíder não possuem vermes que fazem mal à saúde

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A Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) enviou à Secretaria de Estado de Saúde o resultado das análises feitas nas amostras dos 45 caramujos africanos. Esses resultados indicaram que não há presença de vermes que façam mal à saúde e que possam comprometer o sistema nervoso do homem.

Os caramujos africanos tiveram sua proliferação nos municípios de Colíder, Rio Branco, Rondonópolis, Dom Aquino, Guiratinga, Tesouro e Indiavaí. “A população desses municípios demonstrou preocupação com o surgimento dos moluscos com receio de que pudessem transmitir doenças, o que foi descartado com a ação da Secretaria de Estado de Saúde ao enviar amostras para exame, que comprovou que o surgimento do caramujo africano é mais um problema ambiental do que um problema de Saúde. Mesmo assim, a Saúde desencadeia ações junto aos órgãos ligados ao meio ambiente na esfera federal e estadual para melhor orientar a população”. Moema Blatt explicou ainda que, diante dos resultados, o Estado poderá dirigir melhor suas ações.

Moema Blatt informou ainda que a Secretaria de Estado de Saúde continua monitorando o surgimento do caramujo africano em outros municípios e atenta para a possibilidade de haver o verme nos moluscos que forem encontrados.

De acordo com Moema Blatt, os exames também confirmaram que a espécie encontrada no Estado se trata da Achatina fulica, molusco de origem africana, introduzido no Brasil há cerca de 20 anos como uma alternativa de alimento substitutiva ao escargot. Porém, como não houve aceitação pelos consumidores foram soltos no meio ambiente causando sua disseminação. Em Mato Grosso, a presença do caramujo africano tornou-se evidente no ano de 2004, devido a elevada densidade populacional da espécie no período de janeiro a maio. No Estado, 29 municípios notificaram a existência do caramujo.

Os caramujos africanos são potenciais hospedeiros intermediários de vermes , que são encontrados na gosma que soltam, podendo causar a Angiostrongilíase meningoencefálica humana e a Angiostrongilíase abdominal. Porém, assim como mostraram os resultados da análise feitas nos moluscos enviados pela Saúde à Fiocruz, de todos os caramujos africanos capturados no Brasil para exame, não foi encontrado nenhum relato sobre a prevalência desses parasitas.

Moema Blatt lembra ainda que ao se desenvolver ações de coleta e destruição dos exemplares devem ser tomadas todas as medidas e cuidados preconizados como: utilizar luvas ou artefato para coletar o caramujo e acondicionar diretamente em um recipiente, proceder com a eliminação através de incineração (tendo cuidado especialmente com as crianças e em locais cujo solo seja compacto ou cimentado), morte por afogamento ou desidratação utilizando sal, tomando cuidado para que os caramujos não enterrem ou os seus ovos, evitando o contato com a pele e mucosas entre o caramujo e a pessoa, assim como lavar bem hortaliças e vegetais que serão consumidos in natura. “O controle do caramujo é a maneira correta para se evitar o surgimento das doenças e a degradação do meio ambiente”, disse.

Como uma das ações tomadas para conter a expansão do caramujo africano, a Saúde também realizou reuniões interinstitucionais com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Fema. Um dos resultados dessa parceria foi a realização, em março passado, de uma oficina de capacitação envolvendo técnicos do Meio Ambiente, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Serviços Urbanos de Cuiabá e Várzea Grande, entre outros, visando a formação de multiplicadores de informação sobre os riscos, medidas preventivas e de combate ao molusco.

Moema Blatt reforçou ainda que é importante não confundir o caramujo africano com exemplares da fauna nativa que não devem ser exterminados do ambiente. “Não se deve esquecer que o dano ambiental é relevante e existe”, alertou Moema explicando que o caramujo africano tem padrão de cor amarelo-marrom e estrias ao longo da concha, sua concha é maior do que a dos caramujos nativos e tem formato ligeiramente diferente da do habitante local. O trabalho deve ser feito constantemente até que se consiga reduzir significativamente a quantidade de caramujos que infestam os municípios, sobretudo os terrenos baldios.

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