A Justiça Federal atendeu pedido do Ministério Público Federal e suspendeu o sigilo das ações civis de indenização por dano material, enriquecimento ilícito e indisponibilidade de bens que envolvem o deputado estadual Valmir Moretto (foto) e do ex-prefeito de Salto do Céu, Wemerson Adão Prata, que tiveram como base as informações colhidas nas investigações e documentos apreendidos durante a Operação Trapaça, de fevereiro de 2019, feita pela Polícia Federal, que investigou fraudes em processos licitatórios nas prefeituras de Salto do Céu (383 km de Cuiabá) e de Nova Lacerda (540 km da capital). O MPF informa que as empresas vencedoras dos certames tinham participação do deputado estadual Valmir Moretto (Republicanos), quando ainda era prefeito de Nova Lacerda, e do então prefeito de Salto do Céu. As ações “só foram divulgadas agora pelo MPF, pois aguardava-se a decisão de retirada de sigilo. A ação de indenização e aplicação da Lei Anticorrupção foi deferida indisponibilidade no valor de R$ 684 mil e está na fase de citação dos réus para apresentar contestação, bem como a de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. O MPF informa que determinada a indisponibilidade dos bens dos requeridos até o limite de R$ 1,5 milhão, foram interpostos, pela defesa dos investigados, agravos de instrumento perante o TRF1, que reduziu o valor para R$ 79,4 mil.