Os coordenadores da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), em Mato Grosso, senador eleito Welington Fagundes (PR) e o ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB), avaliaram como positivo o resultado alcançado nas urnas, ontem. Em entrevista coletiva hoje, ambos destacaram que o objetivo principal era reduzir a diferença de votos da presidente em relação ao adversário tucano Aécio Neves tendo em vista que historicamente o PT nunca ganhou em Mato Grosso nas disputas presidenciais. E as ações realizadas durante a campanha surtiram efeito pois, segundo Fagundes, a diferença foi reduzida em 11,46%.
Em Mato Grosso, Dilma obteve 717.230 mil votos no segundo turno o que corresponde a 45,33% dos votos válidos. No primeiro turno a petista tinha recebido o voto de 616.265 mil eleitores mato-grossenses, ou seja 39,53 % do eleitorado levando-se em conta apenas os votos válidos. Aécio, por sua vez, somou 864.999 mil (54,67 %) nessa segunda etapa das eleições contra 693.251 (44,47 %) no primeiro turno realizado no dia 5 de outubro.
Wellington disse que que sua missão, enquanto coordenador-geral da campanha da presidente Dilma, no Estado, era diminuir a diferença de votos em Mato Grosso e conseguiu reduzir em 11% a diferença. Ele destacou ainda que pesquisas internas indicavam diferença maior na primeira semana do 2º turno.
Ele explicou que no primeiro turno Dilma teve menos 60.47% de votos em relação aos demais candidatos à presidência. No segundo turno, lembrou Fagundes, a presidente conseguiu diminuir para 50.67%. “Ou seja, a diferença foi de 11,6%, esse é o resultado matemático da eleição. É o que a gente procurou perseguir desde o começo, de preferência que a gente tivesse aqui um resultado positivo, mas o desafio era reduzir essa diferença em Mato Grosso e conseguimos”, pontou.
As estratégias adotadas, segundo Fagundes, foi buscar todos os companheiros. Citou o empenho do ministro Neri Geller que tirou férias para se dedidar de forma exclusiva à campanha. Mencionou também o senador Blairo Maggi, os prefeitos que apoiaram a reeleição da presidente e o presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio.
Destacou que foi um trabalho conjunto, de toda a coligação. “O trabalho foi agregar mais ainda e mostrar que não era apenas a mesma configuração do primeiro turno. Foram agregados pessoas que não estavam com a coligação no 1º.E assim conseguimos reduzir a diferença e mostrar que era melhor para mato Grosso e para o Brasil a eleição da Dilma dado os investimentos que o governo dela tem feito em todas as áreas. Dessa forma foi possível diminuir a desvantagem e ganhar as eleições nacionais”, informou o republicano.
O ministro Neri Geller avaliou o resultado da eleição presidencial com tranquilidade. “Fizemos nossa parte, o Wellinton fez. Como coordenador geral, ele mostrou liderança, nos convocou para o trabalho e fizemos exatamente o contraponto mostrando os avanços que o governo teve para com Mato Grosso nos últimos 4 anos, principalmente”, ressaltou.
Geller avaliou que a derrota não foi tão significativa, tendo em vista que após do primeiro turmo, pesquisas internas mostravam uma diferença bem maior na primeira semana. Ele disse que após as ações e movimentações realizadas pelos coordenadores, essa diferença diminiu. Para ele, o resultado foi satisfatório se levar em conta o fato de que o PT, o Lula e a Dilma nunca ganharam em Mato Grosso.
“Estamos vendo a questão conjuntural, foi muito bom tendo em vista que o resultado que nos interessava era a vitória da presidente Dilma e nós conseguimos alcançar. Eu, particularmente queria muito que aqui no Mato Grosso nós pudéssemos ter ganhado era o nosso propósito, não conseguimos. Mas entendemos como natural, agora é olhar pra frente como falou a presidente nos unirmos em torno de um projeto maior que é defender o Brasil”, destacou.
O ministro também agradeceu a todos envolvidos na coordenação, a militância e aos profissionais da imprensa que fizeram a cobertura mostrando as ações de ambos os lados.