A sessão da Câmara de Cuiabá acontece, esta manhã, após “adiamentos” devido a uma suposta queda no sistema de energia elétrica na sede do parlamento, que permaneceu por mais de uma semana às escuras. Presidida pelo primeiro vice-presidente da Casa, vereador Onofre Junior (PSB), a sessão conta com a participação de João Emanuel (PSD), afastado do comando da câmara por decisão do desembargador José Zuquim Nogueira.
A advogado de defesa de Emanuel, Eduardo Mahon, tentava modificar a decisão proferida por Zuquim, na quinta-feira (5), em agravo de instrumento impetrado pelo advogado José Antônio Rosa em nome do vereador Haroldo Kuzai (PMDB), 2º vice-presidente da Mesa Diretora cassando uma liminar que mantinha o social-democrata no cargo de presidente da Casa de Leis.
Mahon, mesmo depois da liminar de Zuquim, contrária ao seu cliente, sustentou à imprensa que o teor da decisão não era para afastar João Emanuel da presidência e sim para validar a polêmica sessão reaberta na tarde da quinta-feira (29 de agosto) no escuro e sem notas taquigráficas, onde os 16 vereadores da base aliada do prefeito Mauro Mendes (PSB) votaram o afastamento de João Emanuel por 15 dias e instauraram uma Comissão Processante para investigar a conduta de Emanuel enquanto presidente, acusado de não respeitar o Regimento Interno da Câmara de Cuiabá. O jurista sustentava que precisariam de 17 votos para isso, mas somente 16 parlamentares assinaram o pedido.