Após a solenidade no Palácio Paiaguás com a presença dos ministros Neri Geller (Agricultura) e Clélio Campolina (Ciência e Tecnologia) os grupos políticos ligados ao senador Pedro Taques (PDT) pré-candidato ao Governo do Estado pelas oposições, se reuniram em um restaurante da cidade para avaliar como andam as conversações em torno de possíveis novos aliados. O problema é que o convite feito ao empresário Eraí Maggi (PP) maior produtor individual de soja do Mundo e primo do senador Blairo Maggi (PR) como uma estratégia para dar argumentos ao senador para declarar seu apoio ao candidato do PDT, acabou não prosperando.
Eraí Maggi teria colocado na mesa de discussões que sua chegada como pré-candidato a vice-governador não se concretizaria sem a presença do PR e de seus candidatos na mesma coligação e com garantias como a vaga de senador da República, que segundo compromissos de Pedro Taques foi entregue ao DEM do senador Jayme Campos pré-candidato a reeleição. Eraí teria deixado claro que só aceitaria assumir a condição de vice caso o presidente do PR, deputado Wellington Fagundes fosse o candidato a senador da chapa das oposições.
A discussão não é nova, e o que mais afastou os republicanos de um possível acordo com os partidos do Movimento Mato Grosso Muito Mais (PDT/PSB/PPS) e da candidatura de Pedro Taques foi o fato da presença
maciça do PR no governo Silval Barbosa (PMDB) que é muito elogiado por Eraí Maggi.
Para o grupo que apoia a candidatura de Pedro Taques, mesmo Eraí Maggi sendo primo de Blairo não seria certeza que o senador que tem o maior recall político segundo as pesquisas, viria apoiar a candidatura pedetista, primeiro por causa do palanque presidencial que nas oposições já está dividido entre Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) e não caberia mais Dilma Rousseff, candidata de Blairo Maggi e depois
por causa dos deputados estaduais do PR que estão divididos mas que nas eleições de 2010 fizeram próximos de 500 mil votos.
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) coordenador da candidatura de Pedro Taques (PDT) tem sinalizado que boa parte do PR já estaria pronta para aderir a campanha de Taques, mas existiria o risco iminente do partido ir rachado para as eleições, o que poderia ser desastroso.
(foto: Água Boa News)