
"A população acaba prejudicada porque deixa de ser feito trabalho preventivo no trânsito e a guarda deixa de prestar trabalho emergencial, através do fone 153, para resolver inúmeras situações. A Polícia Militar vai ser sobrecarregada e, com isso, teremos menos policiais trabalhando no setor de segurança. Por isso não concordamos com a decisão do prefeito. Ele deveria ter criado a guarda civil municipal com concurso específico para profissionais trabalharem no aeroporto. Não há dúvida que é necessário ter efetivo no aeroporto para trabalhos emergenciais, mas não tirar os guardas das ruas e colocá-los lá".
Segundo Julio, "os bombeiros que estavam trabalhando no aeroporto são muito qualificados, com perfil apropriado para atuar em combate a incêndio, salvamento. O agente de trânsito não vive essa situação no dia a dia, de combate a incêndio e para operar em situação de emergência. Por mais que o agente de trânsito tenha feito curso nessa área, não tem perfil e bagagem para atuar no dia a dia nas questões ligadas ao aeroporto".
Ainda de acordo com o vereador, a decisão de Juarez "é um retrocesso. A cidade está crescendo ritmo acelerado, o número de veículos, de novos condutores também. A quantidade de acidentes é considerável e o trabalho dos agentes de trânsito é fundamental. Existe vários eventos que precisa do suporte da guarda. O trabalho preventivo vai ser prejudicado. Creio que também reflete na área da saúde. Os agentes fazeem trabalho preventivo com objetivo de evitar acidentes, para pessoas não s emachucarem. Sem trabalho preventivo, podemos ter mais pessoas feridas e mais gente encaminhada às unidades de saúde para atendimento".
No mês passado, dirigentes de entidades e o comandante do Corpo de Bombeiros, Hector Péricles, se reuniram com o prefeito Juarez Costa, na CDL, e foi cobrada da prefeitura "estrutura mínima" na base operacional. "Faltam mobiliários (mesas, cadeiras), bebedouro. Também seria necessário a reforma do encanamento e telhado do abrigo destinado aos militares, que também reclamam da comida ruim. “Constatei uma situação, sem a menor dignidade, caótica mesmo", disse, após o encontro, o comandante.
Outro lado
O secretário de Governo, José Pedro Serafini, rebateu as críticas do parlamentar e afirmou que o serviço de fiscalização nas ruas não está sendo prejudicado. “A prefeitura tem responsabilidade no que ela faz, em cima de um embasamento jurídico. É um ato discricionário, que é de responsabilidade do poder executivo agir desta maneira. Referente a retirada do atendimento dos bombeiros no aeroporto é por reclamação do próprio comandante regional, Hector Péricles, devido a situação que se encontrava no local. Existe uma falta de efetivo no batalhão do município. Então, nós devolvemos esses soldados e a guarda de trânsito assumiu. São só 4 por dia que tralham no aeroporto e não é todo o efetivo. A maioria do agentes é certificado em cursos e apta em prestar os serviços que os bombeiros faziam. Não houve comprometimento nas fiscalizações nas ruas".
Ainda de acordo com o secretário, esta situação é provisória. “A prefeitura já está em processo de contratação de um empresa especializada em combate de incêndio entre outras coisas de salvamento e resgate. O próprio vereador sabe disso. No tempo dele, havia agentes de trânsito em desvio de função, em outras secretarias com a anuência dele" e "foi feita uma escala de plantão que não compromete os serviços de rua”, concluiu.


