O cenário político de Mato Grosso dos próximos quatro anos será definido, na maior parte por eleitores analfabetos, semi-analfabetos e que sequer saíram do nível de escolaridade considerado básico, o que corresponde a conclusão dos ensinos fundamental ou médio. Uma média de 74,83% do eleitorado mato-grossense encontra-se nesta modalidade e deverá comparecer às urnas na eleição de outubro.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de 2.095.825 mato-grossenses aptos a votar nas eleições de outubro em 141 municípios, 118.999 (5,68%) afirmam ser analfabetos ao passo que 319.262 (15,23%) garantem ter domínio somente de leitura e escrita. O número de mulheres analfabetas chega a 60.852 (51,14%). Na mesma condição, estão 58.031 (48,77%) homens. O levantamento da Suprema Corte Eleitoral aponta números exatos que abrangem todo o Estado, não há informações específicas dos municípios que mais concentram analfabetos ou pessoas de baixa escolaridade. Os dados mais recentes são referentes a julho, dois meses após encerrar limite dado estipulado pela Justiça para regularização de cadastros na esfera eleitoral.
O número de 753.176 (35,94%) corresponde aos eleitores que não concluíram o primeiro grau, ou seja, abandonaram os estudos na fase que corresponde da primeira a oitava série. O levantamento revela ainda que 376.776 (17,98%) dos eleitores não concluíram o segundo grau que corresponde do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. Dos eleitores com escolaridade básica, 154.390 (7,37%) afirmam ter concluído o primeiro grau, ao passo que 248.117 (11,84% asseguram ter concluído o segundo grau. Com nível de escolaridade compreendido de de terceiro grau, ou seja, curso universitário concluso, somente 3,47% dos eleitores mato-grossenses estão nesta modalidade, o que corresponde a 72.693. As mulheres com diploma universitário são a maioria com 41.243 (56,74%), já os homens são 31.421 (43,22%). Com nível superior incompleto, estão 51.771, uma média de 2,47% do total do eleitorado. Nesta modalidade, estão 29.391 (56,77%) e homens 22.366 (43,2%).
No levantamento consta que houve "empate técnico" quando se compara o a dominância do sexo do eleitorado. O número de homens corresponde a na comparação do eleitorado 1.064.885 (50,81%) e mulheres a 1.030.051 (49.15%).